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Judô do Brasil perde de novo e pressão por medalha aumenta

7 ago 2016 - 17h16
(atualizado às 18h31)
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Brasileira havia vencido romena por ippon
Brasileira havia vencido romena por ippon
Foto: EFE

Ainda não foi desta vez que o judô conseguiu a primeira medalha para o Brasil. Érika Miranda, na categoria meio leve até 52 quilos, esteve com as mãos no bronze, mas, perdeu para a japonesa Misato Nakamura nos últimos segundos de sua luta, já no tempo extra, no final da tarde deste domingo. O resultado pode aumentar a pressão sobre os judocas brasileiros, que completaram dois dias de disputa sem nenhum pódio.

"O sentimento nesse momento é péssimo. Nem tenho muito no que pensar,  não sei o que fazer. Dói muito e a maior derrota é sair daqui sem medalha", disse Érika, quase uma hora depois da última luta. Ela ficou reclusa e em prantos no vestiário, antes de dar entrevista, como confidenciou o técnico da seleção brasileira de judô, Ney Wilson.

No sábado, a campeã olímpica de 2012, Sarah Menezes, e Felipe Kitadai, ambos da categoria leve, foram eliminados. E neste domingo, logo pela manhã,  Charles Chibana, meio leve até 66 quilos, também não teve sucesso e perdeu no combate inicial para o tricampeão mundial, o japonês Masashi Ebinuma.

Érika era uma das apostas do Comitê Olímpico Brasileiro para ganhar o ouro. Ela começou o torneio vencendo pela manhã a tunisiana Hela Aayrim. Perdeu nas quartas de final para a chinesa Ma Yingmam e foi para a repescagem, onde, antes de enfrentar Nakamura, venceu com um ippon a romena Andresa Chitu. O golpe deixou eufórica a torcida presente à Arena Carioca 2, no Parque Olímpico.

Mas, na luta decisiva, não fez frente ao estilo arrojado da japonesa, apesar de um início em vantagem, por causa de uma punição à adversária.

"O público deu um show. A gente vive muitos sacrifícios para chegar aqui. Passa o filme da nossa vida. Mas tenho de ficar alegre pelo meu ciclo olímpico."

Ao admitir que a equipe brasileira está sob pressão para conquistar medalhas no judô, Érika criticou eventuais excessos. "As pessoas que cobram medalhas para o judô não vivem o esporte. O atleta se entrega, a competição é de altíssimo nível e não se justifica essa exigência toda", declarou,  reiterando em seguida que acredita em vitórias do judô nacional nos próximos dias.

Fonte: Silvio Alves Barsetti
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