Pan x Olímpiada, duelo de semelhanças e escassas diferenças
8 set2011 - 11h42
(atualizado às 12h41)
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León Felipe Girón
Direto de Guadalajara (México)
Os Jogos Pan-Americanos se aproximam: uma festa, um continente unido pelo esporte - os espectadores do evento são um equivalente menor do que os que acompanham os Jogos Olímpicos. Mas Pan-Americanos e Olimpíadas têm muito mais em comum do que cinco aros sob um fundo brando com bandeira, o choro, as medalhas de prata com sabor de derrota e os bronzes de glória.
Entre as semelhanças, está o eterno papel dos Estados Unidos como potência, os espetáculos dos atletas cubanos, a rivalidade brasileira e a velocidade antilhana. Alguns dos melhores atletas do mundo têm no Pan-Americano um dos principais eventos de preparação para os Jogos Olímpicos. O Pan também foi o trampolim que catapultou algumas figuras aos principais planos desportivos em duas distintas modalidades, coroando essas conquistas com pódio olímpico.
Alguns exemplos de destaques estão as velocistas Ana Fidelia Quirot (Cuba) e Ana Gabriela Guevara (México), assim como o saltador cubano Javier Sotomayor ou os lutadores de taekwondo mexicanos Víctor Estrada e María Espinoza. Do mesmo modo, outras grandes estrelas que fizeram história e bateram todo tipo de recordes deram seus primeiros passos em Pan-Americanos: o mítico Carl Lewis, outra figura do velocismo como Michael Johnson e o nadador brasileiro César Cielo.
Mas, assim como os Jogos Pan-Americanos e Olímpicos se parecem em vários aspectos, também há pontos que diferencia os eventos de maneira radical. A principal está no número de atividades oficiais: enquanto a Olimpíada de Londres contará com 37 disciplinas e modalidade, Guadalajara será a sede de 46 esporte que entregarão medalhas.
Outras curiosidades
Além do programa olímpico para 2012, o beisebol é outro ponto de divergência entre o Pan-Americano, que em Guadalajara é exibido no cronograma de atividades. A razão para mantê-lo não é uma senão varias: graças a presença de jogadores de elite provenientes dos Estados Unidos e Cuba, entre outros, se pode disputar um torneio de melhor nóvel. Além disso, o Estádio Pan-Americano de Beisebol já estava construído, o que o converte em uma matéria mais rentável.
Outros esportes como o raquetebol não estão no programa olímpico, só que nesse caso o motivo está relacionado com a dificuldade para transmitir as partidas pela televisão, principalmente devido a velocidade com que se joga.
Por outro lado, existe uma disciplina que não estará em Guadalajara, mas que retornará ao programa olímpico após 108 anos. É o meismo esporte que até chegou a ser praticado na lua e que hoje tem como o número um do ranking o inglês Luke Donald: o golf.
A seguir a lista dos esportes incluídos em Guadalajara 2011 e que não aparecerão em Londres 2012:
Além de medalhas, a Seleção Brasileira coleciona apelidos. Alguns atletas nem são conhecidos por seus nomes verdadeiros dentro das equipes. Os únicos que escapam são Flávio Canto e Daniel Hernandes (que no máximo tem a maldosa alcunha de "Gordão"). Confira a seguir os apelidos dos judocas do País
Foto: Márcio Rodrigues/Fotocom.net / Divulgação
Prata no peso ligeiro, Sarah Menezes tem o apelido de "Sarinha" entre os atletas, forma de tratá-la com carinho e se referir ao tamanho da atleta
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Assim como Sarah, o apelido de Erika Miranda é uma forma de tratamento carinhosa: "Erikinha"
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A impaciência de Rafaela Silva em passeios e compras em lojas por onde a Seleção vai fez com que a medalhista recebesse o apelido de "Âncora"
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Ketleyn Quadros seguiu a tradição dos diminutivos entre a equipe feminina: "Keka"
Foto: Márcio Rodrigues/Fotocom.net / Divulgação
Mariana Silva é outra que recebeu um diminutivo carinhoso entre os colegas de Seleção: "Mary" (com "y", como foi ressaltado pelas colegas)
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Natural de Santa Maria, interior do Rio Grande do Sul, Maria Portela é a "Raçudinha" dos Pampas, uma referência a seu estilo no tatame
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Bronze na categoria até 78 kg, Mayra Aguiar é chamada de Mayrão na Seleção. A atleta também tem o apelido de Sereia, que lhe foi dado por seu treinador, Antônio Carlos Pereira, o Kiko
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Atleta do peso pesado, Maria Suellen Altheman tem apelido que faz referência a uma estrela da França. É chamada de "Sussu Riner", uma alusão ao tetracampeão mundial dos pesados, Teddy Riner
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Caçula da equipe masculina, Felipe Kitadai é conhecido entre os colegas como "Kita" e "Kitinha"
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Antes de disputar finais de Mundial de Judô, Leandro Cunha tinha o hábito de entregar salgados feitos por seus pais a seu treinador. Esse hábito lhe rendeu o apelido de "Coxinha"
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O leve Bruno Mendonça é conhecido entre os judocas como "Mendoca" ou "Bruninho"
Foto: Márcio Rodrigues/Fotocom.net / Divulgação
Bronze no Mundial de Paris, Leandro Guilheiro é chamado de "Lelê" entre a equipe feminina
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O cabelo levemente ruivo e a presença de algumas sardas fizeram com que Tiago Camilo recebesse o apelido de "Rajado"
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O peso-médio Hugo Pessanha é conhecido como "Hugão" e "Foca"
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Campeão mundial em 2007, Luciano Correa é chamado de "Scooby Doo" devido à semelhança física, segundo a equipe feminina
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O meio-pesado Leonardo Leite recebeu um apelido divertido: Léo Milk
Foto: Márcio Rodrigues/Fotocom.net / Divulgação
Com 2,03 m de altura, Rafael Silva tem um apelido que não condiz com seu tamanho. É conhecido pro todos como "Baby", segundo ele porque era o mais novo em seu grupo de treinamento quando chegou a São Paulo