PUBLICIDADE

Jogos de Paris

Conheça mais sobre Luizomar de Moura, pernambucano que treina o vôlei do Quênia nos Jogos de Tóquio

Técnico lendário do Osasco foi convidado a comandar o time feminino do país em abril deste ano

27 jul 2021 - 14h10
(atualizado às 15h35)
Compartilhar
Exibir comentários

Talvez seu nome não seja muito fácil de reconhecer de primeira. Mas, sem sombra de dúvidas, Luizomar de Moura tem muita história no voleibol feminino brasileiro. O ex-treinador do Osasco encara um grande desafio nos Jogos Olímpicos de Tóquio: comandar a seleção feminina de vôlei do Quênia.

O convite da Federação Internacional de Vôlei veio no final de abril, e o pernambucano de Caruaru não pensou duas vezes. Sem abrir mão de seu trabalho no Brasil, o técnico voou pela segunda vez para treinar o país africano pensando em desenvolver o esporte em um local com pouca tradição, sem se importar muito com a campanha nos Jogos. No começo do ano, ele ficou 11 dias na UTI se recuperando da covid-19.

"Me contaram que, quando estão felizes, os quenianos dançam. E as meninas estão muito felizes com nosso trabalho, me fizeram essa surpresa pelos meus 55 anos", disse Luizomar durante a preparação para a Olimpíada.

Até o momento, a seleção africana perdeu as duas partidas que disputou contra Japão e Coreia do Sul por 3 a 0. Mas isso já era esperado. Ele e seus cinco assistentes, todos do Osasco, podem comemorar o fato de que, em metade dos sets perdidos, as quenianas deram trabalho, sendo superadas por no máximo três pontos.

Curiosamente, o Quênia está no Grupo A, o mesmo do Brasil. No dia 2 de agosto, às 9h45 (horário de Brasília) está marcado o confronto entre as duas seleções, que vai encerrar a fase de grupos do torneio. Se a seleção do técnico brasileiro der tanto trabalho quanto a República Dominicana, que levou a partida para o quinto set, será um jogo muito equilibrado.

Trajetória no esporte

A carreira de Luizomar como treinador se iniciou em 1995, quando assumiu o cargo de assistente de Willian Carvalho, comandante do Uniban/São Caetano. Após mais três anos na função, mas em dois times diferentes, se tornou técnico do Flamengo. Logo no ano de estreia, venceu o título da Superliga Brasileira de Voleibol.

Dado o rápido sucesso, virou auxiliar de Marcos Aurélio Motta na seleção feminina principal entre 2001 e 2002. Até a temporada 2004/2005, Luiziomar comandava o Automóvel Clube de Campos, do Rio de Janeiro. Nesse meio tempo, esteve à frente do categoria infanto-juvenil brasileira, onde, em sua primeira competição, levou o bronze no Mundial sediado na Polônia.

Após ter um grande desempenho no Oi/Macaé, em 2005/2006, o treinador foi convidado a assumir o Finasa/Osasco, um dos principais times brasileiros no vôlei. Vindo de duas finais seguidas contra o Rexona/Ades, de Bernardinho, a equipe tricampeã perdeu a disputa naquele ano. Infelizmente, Luizomar também amargou o vice pelos dois anos seguintes.

Após a saída do banco Finasa em 2009, o técnico do clube osasquense entrou em ação e, após negociar com empresários locais, garantiu a continuidade do time. Meses depois, a Nestlé tornou-se patrocinadora da equipe. No primeiro ano de Sollys/Osasco (2009/2010) as comandadas de Luizomar foram campeãs do Sul-Americano de Clubes e vice-campeãs paulistas. O treinador pernambucano é tricampeão da Superliga, duas vezes vencedor do Sul-Americano, campeão mundial e paulista pelo Osasco. Luizomar está entre os maiores da história do clube, ao lado de José Roberto Guimarães, tricampeão nacional e bi estadual com os paulistas.

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Publicidade