Com provas curtas, Jaqueline vê problemas para acompanhar rivais em Sochi
Jaqueline Mourão admite que prefere provas de esqui de longa duração, as chamadas “endurance”. Por isso, não se mostrou abatida pelo desempenho em sua primeira prova na Olimpíada de Inverno de 2014, na cidade de Sochi (Rússia), disputada neste domingo em uma estação de competições na cidade de Krasnaya Polyana. Com o 77º lugar dentre as 84 atletas que disputaram o biatlo categoria Sprint de 7,5 km, Jaqueline aposta em mais dificuldades nas provas curtas nas quais estará em ação.
O próximo desafio da experiente Jaqueline, 38 anos, será nesta terça-feira (11): o esqui cross-country, com percurso de 1,2 km. Por fim, ela volta ao Laura Biathlon & Cross-Country Centre para a disputa do biatlo individual de 15 km, na sexta-feira (14).
À imprensa brasileira na Rússia, Jaqueline admitiu que a prova da terça-feira não é seu estilo favorito, justamente por ser uma prova de curta duração. “Eu sou uma atleta de endurance, de longa distância, e a prova que eu competir vai ser de 1,2 km. Vai ser uma prova que não é meu forte, então vai ser mais difícil no meu caso”, reforçou.
Assim como na prova deste domingo, a brasileira irá administrar menos seu corpo, gastando muita energia em arrancadas curtas. Na disputa do biatlo de 7,5 km, ela deixou claro: embora tenha se preparado bem para os tiros, com nove acertos em dez disparos (desempenho equivalente aos das dez primeiras colocadas), o desempenho nas corridas curtas (três séries de 2,5 km) não foram o ideal.
“ Foi muito difícil, uma prova superexigente para o pulmão. Estou com o peito todo queimando”, desabafou ela, que espera mais dificuldades no cross-country – justamente sua prova “de origem” nos esportes de inverno.
” Vai ser minha prova mais desafiadora, mais difícil. É muito curta – 1s conta muito no resultado. Vai ser uma das provas mais difíceis aqui na Olimpíada”, apontou ela, que vê uma vantagem em relação à prova do domingo: correr sem a “tensão da primeira prova”.
Passada a estreia, Jaqueline agora “muda a chave” e passa a se concentrar no cross-country. Como a modalidade é semelhante ao biatlo, com a vantagem de não ter as séries de tiros de carabina, a brasileira se concentra na próxima prova, tentando consertar os problemas das provas de tiro curto que vivenciou neste domingo.
”Tem quatro anos que eu faço isso, e só me ajuda. Eu gostaria de ter feito uma prova antes para entrar na intensidade (física). Claro que a gente fez exercícios de intensidade, mas acho que o cross-country e o biatlo só me ajudam um ao outro”, completou.
