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Jogos de Inverno

Com comoção, brasileiro fica em 28° no snowboard paralímpico

14 mar 2014 - 12h21
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André Cintra terminou em 28° lugar geral, 3° na classe AK
André Cintra terminou em 28° lugar geral, 3° na classe AK
Foto: AP

Um brasileiro de 34 anos esteve presente na primeira prova de snowboard da história dos Jogos Paralímpicos de Inverno. André Cintra competiu na madrugada desta sexta-feira na modalidade cross e terminou em 28º lugar geral entre 33 competidores – em sua classe, ficou em terceiro entre cinco atletas.

“Estou com uma sensação muito boa. A coisa mais importante era trazer a bandeira do Brasil para cá pela primeira vez. É claro que também podemos melhorar. Na minha primeira descida, estava muito nervoso. Vi os melhores do mundo caindo. Na segunda e na terceira, o corpo estava mais quente e mais rápido. Já sabia onde estava errando e como podia consertar”, afirmou o brasileiro, que terminou com tempo de 2min42s07.

André Cintra perdeu perna em acidente de moto aos 18 anos
André Cintra perdeu perna em acidente de moto aos 18 anos
Foto: AP

O tempo, que determina a colocação geral, é a soma dos dois melhores desempenhos de cada atleta, que desce o trajeto três vezes. Na passagem mais rápida, André fez 1min18s98. A prova contou com atletas da classe AK (sigla em inglês para amputação acima do joelho), da qual o brasileiro faz parte, e BK (amputação abaixo do joelho). André faz parte da classe com mais dificuldade, por ter uma articulação a menos.

André perdeu a perna direita aos 18 anos em um acidente de moto. Começou a praticar o snowboard há quatro anos e se tornou o primeiro brasileiro da história a se classificar para os Jogos Paralímpicos de Inverno: ficou em 18º no ranking que garantiu 32 competidores na Rússia. A participação histórica foi presenciada pelos irmãos Felipe e Marina Cintra e pela tia Mariza Pereira.

“Acho que toda esta comoção da minha família tem um motivo especial. Quando perdi minha perna, meu pai ficou muito mal. Eu gostaria muito que ele e minha mãe estivessem aqui para ver tudo isso. Na época do acidente, eles ficaram preocupados que eu não tivesse uma vida normal ou boa. E, agora, anos depois, estou em um dos melhores lugares do mundo”, afirmou André Cintra, chorando.

Fonte: Terra
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