Bertoglio supera sequência de lesões e busca espaço no Grêmio
Contratado em fevereiro de 2012, o argentino Facundo Bertoglio nunca conseguiu se firmar no time gremista. Mesmo assim é um dos jogadores mais admirados pela torcida tricolor. O meia-atacante, de anos e 1,73 m de altura, surgiu para o mundo da bola no Colón, da Argentina, no ano de 2009. Com o bom futebol apresentado no modesto time argentino o jogador chamou a atenção dos ucranianos do Dínamo de Kiev, que adquiriu em definitivo os direitos econômicos do atleta.
Após dois anos atuando no gélido futebol do Leste Europeu, o argentino Bertoglio foi emprestado ao Grêmio para atuar por seis meses, de fevereiro até junho de 2012. Porém, o jogador sofreu lesão muscular e ficou mais tempo em tratamento do que atuando pelo time. Por insistência do próprio jogador ele conseguiu uma renovação de empréstimo por mais um ano. O novo acerto vai até a metade de 2013.
O contrato é novo, mas a rotina das lesões continuou a mesma. Assim, Bertoglio mais uma vez perdeu espaço. Agora recuperado de uma lesão no tornozelo, o argentino luta contra o tempo para conseguir recuperar espaço e mostrar nos próximos três meses que o Grêmio não errou ao investir no seu futebol. Confira a seguir a entrevista com Bertoglio.
Terra - Como está sendo esta retomada de espaço no Grêmio?
Bertoglio -
Normal, com tranquilidade. Tenho a confiança do treinador e dos meus companheiros. Infelizmente não conseguir fazer a pré-temporada, então estou correndo atrás agora. Participei de seis jogos, marquei três gols (Bertoglio é o segundo artilheiro do Grêmio no Campeonato Gaúcho, atrás de Zé Roberto, que tem quatro gols). Venho me dedicando nos treinamentos e fazendo de tudo para ajudar quando sou chamado.
Terra - Você já passou por algo parecido na carreira, uma sequência de lesões como foi no Grêmio?
Bertoglio -
Foram tempos difíceis mesmo. Mas não quero mais pensar nisso. Já passou. Hoje me sinto bem. Quero ajudar o Grêmio e recuperar o tempo que foi perdido.
Terra - Mesmo assim você é um jogador muito querido pelos torcedores do Grêmio. Como é a sua relação com a torcida fora do clube?
Bertoglio -
É ótima. Sempre que saio de casa, recebo o carinho do torcedor do Grêmio. O pessoal conversa, elogia, pede para tirar foto. Fico feliz com esse reconhecimento. Tento devolver na mesma medida, me esforçando nos treinos e tentando corresponder nos jogos.
Terra - Nos últimos anos, Grêmio e Inter tem se caracterizado por contratar muitos jogadores estrangeiros, como é a sua relação com Barcos e os argentinos do Inter, D’Alessandro e Dátolo? Vocês já se reuniram para um assado e tomar um mate?
Bertoglio -
Sim, sim (risos). A gente se encontra sim, já comemos juntos. São vários estrangeiros aqui no Sul. Acho que pela proximidade, os costumes. Nos sentimos bem aqui. As pessoas nos acolhem com naturalidade. Gosto muito de Porto Alegre. E a rivalidade tem que ser saudável, sadia. Só quando a bola rola. Temos que dar exemplo de bom relacionamento. A paz no futebol também passa pelos jogadores. O Barcos tem me ajudado muito no dia a dia, tanto dentro quanto fora de campo. Nos damos muito bem.
Terra - O seu contrato acaba no meio deste ano, já existe uma conversa para você permanecer por mais tempo no Grêmio?
Bertoglio -
Hoje minha preocupação é jogar, estar bem para receber oportunidade e corresponder. Esse é o meu objetivo agora. Tenho ainda alguns meses para reafirmar minhas qualidades e vou fazer de tudo para conseguir. Gosto do Grêmio e estou muito feliz aqui em Porto Alegre. Meu pensamento agora está aqui.