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'Uma loucura', diz Infantino, presidente da Fifa, sobre suspensão de Brasil x Argentina

Entidade máxima do futebol ainda não se manifestou sobre os próximos passos após paralisação da partida

6 set 2021 - 20h09
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A Fifa ainda não se manifestou oficialmente sobre as consequências da interrupção do jogo entre Brasil e Argentina pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. Mas, o presidente da entidade, Gianni Infantino, falou sobre o ocorrido para reforçar seu pedido para maior união entre seus associados e clubes.

"Vimos o que aconteceu com o jogo entre Brasil e Argentina, duas das mais gloriosas equipes da América do Sul. É uma loucura, mas precisamos enfrentar esses desafios da covid-19. Peço a todos, clubes, associações e governos, que mostrem solidariedade e não discriminem. Muitos governos têm mostrado isso, porque estamos respeitando estritamente os protocolos de saúde. É a nossa responsabilidade. Devemos dar esperança aos países que sofrem e àqueles onde só veem os seus melhores jogadores quando jogam pelas suas seleções", pediu Infantino, durante a realização da assembleia geral da Associação de Clubes Europeus (ECA).

A pandemia do novo coronavírus tem servido de pretexto para os clubes europeus impedirem seus jogadores de servires as seleções nacionais. Nesta janela para jogos dos conjuntos nacionais, a Premier League, da Inglaterra, não liberou atletas de alguns países. Os quatro argentinos envolvidos na confusão da clássico com a seleção brasileira (Martínez, Lo Celso, Buendía e Romero) podem ser punidos por suas equipes (Tottenham e Aston Villa) no retorno ao Reino Unido.

"Temos que tentar nos entender e olhar para frente, pois agora começa uma fase de consulta ao calendário com todos os clubes, ligas e associações. Não há tabu. A Fifa está aberta a todas as ideias para tornar o futebol global mais forte. Precisamos de união, equilíbrio e cooperação para tornar o futebol melhor", reforçou o dirigente ítalo-suíço.

Infantino explicou que foi feita uma consulta aos governos locais para que a cessão dos atletas às seleções não causasse prejuízo aos clubes. Mas, de acordo com o dirigente, nem todos cumpriram o combinado. Ele também pediu que haja colaboração das equipes para as próximas Datas Fifa. O calendário está apertado e não há mais brechas para eventuais atrasos ou remarcações de jogos sem afetar a realização da Copa do Mundo em 2022.

A próxima janela das seleções será em outubro. Na América do Sul, novamente serão disputadas três rodadas das Eliminatórias para recuperar os jogos que deixaram de ser realizados em março. As Datas Fifa seguem como entrave na relação entre os clubes e a entidade, que promete modernizações e alterações a partir de 2024.

Estadão
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