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Sul-Americano sub-20 começa com Brasil desfalcado de 'europeus'

Competição no Chile não terá a presença de nomes como Vinícius Júnior e Paulinho

17 jan 2019 - 04h41
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Começa nesta quinta-feira, no Chile, o Campeonato Sul-Americano de Futebol Sub-20, competição que dará quatro vagas ao Mundial da categoria e três para os Jogos Pan-Americanos de Lima. Maior campeão do torneio, com 11 títulos, o Brasil vai para a disputa desfalcado de alguns de seus principais jogadores - eles atuam na Europa e não foram liberados por seus clubes.

A equipe folga nesta primeira rodada e entrará em campo apenas no sábado, diante da Colômbia. A seleção está no Grupo A, que tem ainda Venezuela, Chile e Bolívia. Os três primeiros avançam para a segunda fase.

Brasil estreia no Sul-Americano sub-20 contra a Colômbia
Brasil estreia no Sul-Americano sub-20 contra a Colômbia
Foto: CBF/Divulgação / Estadão

O elenco tem jogadores com rodagem no elenco profissional dos seus clubes, como o zagueiro Thuler (Flamengo), o volante Luan (São Paulo) e os atacante Papagaio (Palmeiras) e Rodrygo (Santos).

O técnico Carlos Amadeu não poderá contar com pelo menos quatro jogadores que vinham sendo chamados - Vinicius Junior (Real Madrid), Paulinho (Bayer Leverkusen), Matheus Cunha (RB Leipzig) e Mauro Júnior (PSV). Mesmo assim, a expectativa é de que o Brasil brigue pelo título ou, pelo menos, tenha desempenho bem melhor do que a última edição. Em 2017, o time terminou na modesta quinta colocação e ficou de fora do Mundial.

Amadeu destaca que o "know-how" do futebol deixou de ser algo exclusivo do Brasil. Hoje, até mesmo seleções antes consideradas muito modestas, como a Venezuela, têm conseguido bons resultados. "A partir do momento da globalização não só o futebol, mas qualquer modalidade esportiva ou qualquer mercado de trabalho, é universal. O mundo ficou pequeno, então cabe à gente se adaptar a essa realidade", considera o técnico.

"A gente tem muito material humano, temos que estudar bastante, entender como funciona, não se acomodar, não dormir em berço esplêndido, porque nós temos tudo para manter a hegemonia. Temos que sair do lugar comum de que nós somos os melhores e não precisamos aprender com ninguém", diz Amadeu.

Mesmo assim, Carlos Amadeu avalia que o futebol brasileiro de base vem melhorando. "Acho que evoluímos na parte de organização junto com a CBF, quando a partir de 2012 ela realmente assumiu a responsabilidade de contribuir não só com a formação de atletas, mas também de todo o staff e comissão técnica", pondera, citando a criação de diversos campeonatos de base. "Isso contribuiu bastante com a formação, competitividade, e alavanca também a formação dos profissionais."

O treinador prefere não polemizar sobre a ausência de alguns de seus principais nomes no Sul-Americano, e evita analisar a presença de atletas cada vez mais novos nos elencos principais de seus clubes. "É uma realidade, um fato, e como tal temos que nos adaptar a essa nova concepção", diz Amadeu. "O formato dos clubes no mundo, e das seleções, é de observar os pontos principais de atletas. América do Sul é um ponto, o Brasil é o principal, a África também. Eles buscam jogadores que têm capacidade de improviso, de jogar futebol do jeito que a América do Sul joga."

Estadão
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