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Sem CBF, Bom Senso confia em governo para implantar medidas

17 mar 2014 - 19h19
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Goleiro Dida, do Inter, sentou-se ao lado de Fernando Prass, do Palmeiras
Goleiro Dida, do Inter, sentou-se ao lado de Fernando Prass, do Palmeiras
Foto: Alan Morici / Terra

O seminário desta segunda-feira, em que o Bom Senso FC detalhou suas propostas de readequação do calendário do futebol brasileiro e fair play financeiro, deixou uma dúvida principal: com as ideias devidamente apresentadas, qual é o próximo passo? O discurso oficial é de esperar novamente por uma manifestação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), mas membros do movimento já deixaram nas entrelinhas que uma participação do governo federal também é esperada para implantar as medidas.

Um dos pontos centrais do fair play financeiro proposto pelo Bom Senso, por exemplo, é a criação de uma "entidade reguladora" que centralizaria a fiscalização, regulamentação e execução das normas que garantiriam a saúde financeira dos clubes. Entretanto, quem daria legitimidade a tal entidade se a CBF não aceitar as propostas ou seguir as ignorando?

"Poderia ser via governo, até porque o governo é o maior credor dos clubes", afirmou o consultor de conteúdo Pedro Daniel, citando a dívida de R$ 2,5 bilhões das equipes brasileiras com a União. "Na Europa, é tratado diretamente com a Uefa; se não aderir (ao fair play financeiro), não joga as competições. Aqui, seja via governo, CBF ou seus associados, é uma coisa que a gente pode debater".

Já o meia Alex, do Coritiba, um dos idealizadores do movimento, afirmou que "ainda é muito cedo" para avaliar o progresso do Bom Senso após o encontro desta segunda-feira. "Acabou de acabar a reunião, vamos esperar. Vamos ver como (as autoridades) recebem", disse ele, logo depois do seminário.

A entidade reguladora proposta pelo Bom Senso também teria o custo anual de R$ 3,2 milhões a partir de 2016, e não está claro quem pagaria esta conta. Mas o governo federal é novamente cogitado. "Temos alternativas de financiamento. A CBF poderia financiar, o governo, os jogadores", assegurou Fernando Fleury, também consultor de conteúdo. "Mas queremos que seja uma entidade neutra, que não tenha vínculo com governo ou CBF. O custeio seria oriundo dessas fontes".

Um passo para uma participação mais ativa de membros do governo na implantação das propostas do Bom Senso pode ser dado no próximo dia 2 de abril. Nesta data, participantes do movimento estarão como parte interessada em uma audiência em Brasília para a discussão do Proforte, projeto que renegocia as dívidas dos clubes com a União. O relator do projeto, deputado federal Otávio Leite (PSDB-RJ), marcou presença no seminário desta segunda.

Com a indefinição sobre um caminho claro a ser seguido, a esperança por um diálogo aberto com a CBF não foi descartada. "A principal proposta é de um futebol melhor para todo mundo, então é óbvio que a gente gostaria que todo mundo estivesse pensando da mesma forma, seja CBF, federações, clubes ou o próprio governo. Se não tiver apoio de alguma entidade vai continuar até o final. É possível (implantar o fair play financeiro sem a CBF), principalmente com o apoio do governo", reiterou João Chiminazzo, assessor jurídico do Bom Senso.

Fonte: Terra
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