Rincón alega inocência no Panamá em caso por tráfico de drogas
O ex-jogador colombiano Freddy Rincón, um dos acusados no julgamento de seu compatriota e suposto traficante de drogas Pablo Rayo Montaño no Panamá, prestou depoimento nesta sexta-feira pela internet na Colômbia e declarou que é inocente e que perdeu "muito" em nível mundial com esse processo.
"Sou inocente, um atleta que deu alegria a seu país", afirmou via Skype o ex-jogador de Palmeiras, Corinthians, Santos, Cruzeiro, Napoli e Real Madrid ao terminar a fase de provas da audiência do caso iniciada na semana passada, informou o Órgão Judicial do Panamá em comunicado.
Nas investigações, Rincón é citado como suposto proprietário da empresa Nautipesca no Panamá, junto com Rayo Montaño, que teria sido utilizada pelo último como fachada para traficar entorpecentes para os Estados Unidos.
Em sua defesa, o ex-jogador - que participou de três Copas do Mundo e três Copas Américas com a seleção de seu país - afirmou que apenas investiu e que jamais foi "dono da Nautipesca".
Além disso, Rincón acrescentou que esteve nove anos à espera, preso em seu país, e que devido a este processo foi prejudicado, já que sempre o vinculam com o caso, indicou o Órgão Judicial do Panamá.
Após ouvir o depoimento de Rincón, o juiz decretou um recesso até a próxima segunda-feira.
O processo envolve um total de 65 acusados, entre panamenhos e estrangeiros, e teve início no dia 6 de outubro.
Rayo Montaño foi detido no Brasil em 2006, onde permanece, durante uma operação internacional coordenada pelos Estados Unidos e da qual participaram Brasil, Colômbia, Panamá, Costa Rica, Venezuela, Equador e México.
Segundo as autoridades americanas, a organização de Rayo Montaño transportava em média 20 toneladas de cocaína por mês da Colômbia e da Venezuela para os Estados Unidos e a Europa. No Panamá, Rayo Montaño contava com uma ampla infraestrutura para suas atividades.
De acordo com o Ministério Público do Panamá, Rayo Montaño movimentou cerca de US$ 78 milhões no país e é acusado dos crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, entre outros.