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Responsável por fretar voo que matou Emiliano Sala é processado

Justiça britânica aponta que o empresário foi negligente no caso

16 out 2020 - 10h09
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A Autoridade Britânica de Aviação Civil (CAA, na sigla em inglês) indiciou um homem por violações da legislação de navegação aérea na investigação do acidente que matou o jogador argentino Emiliano Sala e o piloto do avião que o transportava em 2019.

"A Autoridade Britânica de Aviação Civil apresentou acusações contra David Henderson por infrações relacionadas ao acidente fatal de uma aeronave leve no Canal da Mancha em janeiro de 2019", disse Richard Stephenson, diretor da CAA. Henderson, que foi intermediário na negociação do voo, é acusado de ter sido negligente.

O empresário deve comparecer ao tribunal de Cardiff, País de Gales, no dia 26, após uma apresentação anterior nos tribunais britânicos no final de setembro. "Sua mãe precisa absolutamente saber toda a verdade sobre o que aconteceu quase dois anos após o acidente", afirmou o escritório de advocacia Hickman and Rose, que representa Mercedes Taffarel, mãe de Sala.

No dia 21 de janeiro do ano passado, o avião particular que levava o jogador de 28 anos e o piloto caiu no Canal da Mancha. O atacante pertencia ao Nantes, da França, e estava indo se apresentar ao Cardiff City, de País de Gales, clube que ele havia acabado de ser contratado.

O corpo do jogador foi encontrado no interior da aeronave duas semanas após o acidente, a uma profundidade de 67 metros. O corpo do piloto de 59 anos nunca foi encontrado.

Em seu relatório final publicado em março, a Agência Britânica de Investigação de Acidentes Aéreos (AAIB, pela siglas em inglês) constatou que o piloto perdeu o controle da aeronave durante uma manobra realizada em velocidade muito alta, "provavelmente" destinada a evitar o mau tempo para poder ter visibilidade.

Estadão
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