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PF diz que alexandritas bloqueadas por Scarpa não têm valor como garantia em processo contra golpe

Meia do Atlético-MG registrou denúncia de golpe contra a empresa Xland e o ex-companheiro Willian Bigode, que indicou investimentos

22 mai 2024 - 18h17
(atualizado às 18h17)
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Gustavo Scarpa e Willian Bigode na época que atuaram juntos pelo Palmeiras
Gustavo Scarpa e Willian Bigode na época que atuaram juntos pelo Palmeiras
Foto: Cesar Greco/Palmeiras

A Polícia Federal constatou que as pedras de alexandrita não possuem valor como garantia no processo movido pelos jogadores de futebol Gustavo Scarpa, do Atlético-MG, e Mayke, do Palmeiras, contra a empresa Xland, indicada pelo ex-companheiro Willian Bigode, que hoje atua pelo Santos. A informação foi publicada inicialmente pelo ge e confirmada pelo Terra.

A defesa do meio-campista do Galo pediu um laudo para estimar o valor das pedras à Justiça. O pedido foi acatado pelo juiz Danilo Fidel de Castro, da 10ª Vara Cível de São Paulo, e o laudo já foi entregue.

A avaliação, coordenada pela Polícia Federal no Acre, dá conta de que o material não é suficiente para cobrir o valor do processo movido por Scarpa e Mayke. "Um valor total das pedras de alexandrita manifestamente insuficiente à garantia de eventual cumprimento de sentença", detalhou o juiz Wendelson Pereira Pessoa, da 1ª Vara Cível e Criminal da Justiça Federal do Acre. 

O material, apresentado como garantia da empresa por Bigode para os aportes de Scarpa e Mayke na empresa de investimentos, segue retido em uma caixa de segurança em São Paulo. Laudo apresentado pela empresa aponta que os 20 kg de alexandrita eram avaliados em 500 mil dólares (R$ 2,5 bilhões). O valor foi considerado irreal por especialistas. 

Após o investimento por indicação de Bigode, Scarpa e Mayke foram vítimas de golpe. A dupla pede o bloqueio de 30% do salário do ex-companheiro à Justiça enquanto tenta reaver o valor que, somado entre ambos, chega a R$ 10 mihões em prejuízos. 

As pedras de alexandrita são raras e encontradas na Rússia, Sri Lanka e no Brasil, mais precisamente em Minas Gerais, em Nova Era e também na Bahia, cujo material não costuma ser de boa qualidade. Elas mudam de cor dependendo do ambiente. Sob efeito da luz natural, ficam verdes, enquanto sob determinados tipos de luzes artificiais, assumem a cor vermelha.

Entenda o caso

Scarpa alega ter perdido R$ 6,3 milhões na aplicação de investimentos na empresa indicada por Willian Bigode. Além de Bigode, sua sócia na empresa WLJC Consutoria e Gestão Empresarial, Camila Moreira de Biasi, também indicou o investimento.

Já Mayke, que continua jogando no Palmeiras, teve prejuízo de R$ 4.583.789,31, enquanto Willian diz ter sofrido o maior calote de todos, no valor de R$ 17,5 milhões. O atacante e suas sócias refutam a acusação de terem participação no prejuízo sofrido pelos ex-colegas e ressaltam que também são vítimas da XLand.

"O processo é contra todo mundo. Contra o Willian, a empresa do Willian, a empresa de criptomoeda. Contra todos eles. Acredito que serei ressarcido de toda a grana que perdi, nada mais que justo. Estamos aguardando e em cima do advogado para acelerar o máximo possível", disse Scarpa em entrevista ao programa Bastidores, da Rádio Itatiaia.

Fonte: Redação Terra
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