Paquetá teria recebido cartão amarelo como ‘presente de aniversário’ ao irmão, segundo delator
Partida aconteceu no dia em que Matheus Tolentino completou 28 anos
Lucas Paquetá, do West Ham e da Seleção Brasileira, teria recebido um cartão amarelo como “um presente de aniversário” ao irmão, Matheus Tolentino, segundo o delator Bruno Lopez afirmou em depoimento na CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas.
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De acordo com relatório ao qual o Terra teve acesso, um contato chamado Marlon Bruno Nascimento da Silva repassou a informação do ‘presente’ a Lopez. O cartão em questão foi recebido pelo meio-campista em partida contra o Aston Villa no dia 12 de março de 2023, quando o irmão do jogador completou 28 anos.
No mesmo dia, o delator fez uma aposta em uma partida do Betis, da Espanha, clube em que Luiz Henrique, ex-Botafogo e hoje no Zenit, atuava. Segundo Lopez, Marlon confirmou que o atacante também receberia a advertência na data, mas não deu mais detalhes.
Apontado como o responsável por contar a Lopez sobre o ‘presente de aniversário’, Marlon teria recebido R$ 97 mil, valor dividido em cinco transações, de Bruno Tolentino, tio de Paquetá. O documento também aponta que o suspeito seria amigo do irmão do jogador.
O delator Lopez, por sua vez, é apontado como líder do esquema criminoso investigado pela Operação Penalidade Máxima. Ele, porém, explicou que não tinha contato direto com os atletas.
Acusações contra Paquetá e Luiz Henrique
O jogador do West Ham foi denunciado pela Federação Inglesa de Futebol por má conduta com relação a apostas em quatro jogos da Premier League. Segundo a acusação, o meio-campista forçou cartões amarelos em quatro partidas entre novembro de 2022 e agosto de 2023. As partidas em questão foram contra Leicester, Aston Villa, Leeds United e Bournemouth.
Quanto a Luiz Henrique, o atual jogador do Zenit recebeu uma transferência bancária de R$ 30 mil do tio de Paquetá no dia 6 de fevereiro de 2023. A transação teria sido feita por uma suposta participação do atacante em manipulações.
Instalada em abril de 2024, a CPI das Apostas indiciou três investigados: William Pereira Rogatto, Thiago Chambó Andrade e Bruno Tolentino Coelho, o tio de Paquetá. O delator Bruno Lopez não foi indiciado “em razão do acordo de não persecução penal feito com o Ministério Público”.
O Terra não localizou a defesa de Lucas Paquetá até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para manifestações.