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O triste fim do craque Adriano

28 dez 2018 - 15h29
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No jogo beneficente organizado por Zico, quinta-feira (27), no Maracanã, Adriano marcou presença e teve atuação muito ruim, digna de quem já abandonou faz tempo o futebol profissional. De todo modo, quando deixou o campo, o ex-craque do Flamengo e da Seleção brasileira voltou a repetir o script de alguns anos. Disse que quer voltar a jogar, que não encerrou ainda sua carreira. Pouca gente levou essas declarações a sério.

Adriano tinha tudo para ter uma trajetória brilhante no futebol. Desde que despontou no Flamengo, em 2000, chamou a atenção do mundo esportivo, graças às suas arrancadas, seus dribles, sua intimidade com a bola, seus gols. Tanto que no ano seguinte foi transferido para a Inter de Milão. No futebol italiano viveu seu apogeu.  Esteve ainda na Fiorentina, por empréstimo, acabou negociado para o Parma e voltou para a Inter, em 2004.

Foram então quatro anos de muito talento, títulos importantes e reconhecimento internacional. Ele não brilhava apenas na Inter.

Em jogo beneficente, Adriano teve atuação muito ruim, digna de quem já abandonou faz tempo o futebol profissional
Em jogo beneficente, Adriano teve atuação muito ruim, digna de quem já abandonou faz tempo o futebol profissional
Foto: Celso Pupo / FotoArena / Estadão

Pela Seleção, fazia gols memoráveis, como o do último minuto do tempo normal na partida em que o Brasil perdia para a Argentina por 2 a 1 e ficava com o vice-campeonato da Copa América de 2004, no Peru. Os argentinos já comemoravam o título, quando Adriano recebeu a bola na área e de virada decretou o empate. Levaria assim a decisão para a disputa de pênaltis, onde converteria sua cobrança e festejaria a conquista do Brasil (4 a 2 nos pênalti), em Lima.

Apelidado de o ‘imperador’, Adriano começou a ruir no futebol com a morte de seu pai, em 2006. Almir Leite Ribeiro era o grande incentivador do craque. A partir de então, o jogador começou a acumular polêmicas.

Depois de emprestado ao São Paulo, retornou à Inter em 2009 por pouco tempo. Sem avisar a ninguém do clube, simplesmente o abandonou e voltou para o Brasil. A Inter, porém não resolveu puni-lo. Ao contrário, anunciou uma rescisão amigável. Dias depois, Adriano assinaria contrato com o Flamengo.

Seria o último ano de gala de Adriano no futebol. Com sua técnica apurada, ajudou o Rubro-Negro a ganhar o Brasileiro de 2009, do qual acabou artilheiro, com 19 gols – empatado com Diego Tardelli, do Atlético-MG.

Depois disso veio o ocaso, com recaídas por causa do alcoolismo. Teve breve passagem pela Roma, Corinthians e Atlético-PR até seguir para o Miami United, dos EUA, por onde atuou somente duas vezes. Isso foi em 2016. Antes, ficara quase dois anos parado, pois em 2014 só jogou quatro partidas pelo Atlético-PR.

No final de 2016, assim como em 2017 e agora, em 2018, Adriano deu entrevistas dizendo que estava preparando seu retorno ao futebol. Em fevereiro de 2019, ele completará 37 anos. Fora de forma, com a idade avançada e sem credibilidade no mercado, difícil acreditar que algum clube se interessará por ele.

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Fonte: Especial para Terra
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