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Neymar brilha em rodada histórica da Champions League

Atacante se destacou sem fazer gols, sem dar dribles espetaculares e sem nenhuma assistência

9 dez 2020 - 09h07
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“Não vamos jogar!” A frase afirmativa de Neymar ao árbitro de PSG x Istanbul Basaksehir, durante paralisação no jogo que estava sendo realizado nessa terça (8) em Paris, pela fase de grupos da Liga dos Campeões (Champions League), equivale a muitos gols de um artilheiro que não limita suas ações a um campo de futebol. Ali, ele exercia sua liderança e emprestava seu nome e prestígio a favor de uma causa: o combate ao racismo.

Neymar e Mbappé fizeram coro aos protestos do atacante senegalês Demba Ba, que afirmou ter presenciado uma injúria racial do quarto árbitro da partida, o romeno Sebastian Coltescu, contra o auxiliar-técnico do Istanbul, o camaronês Pierre Webó, após uma confusão resultante de um lance do jogo. Bateram pé e se solidarizaram com os colegas africanos e todos que não toleram atitudes preconceituosas, no caso em questão, racistas.

Neymar se solidarizou com colegas do Istanbul, que protestavam contra ato de racismo
 24/11/ 2020 REUTERS/Benoit Tessier
Neymar se solidarizou com colegas do Istanbul, que protestavam contra ato de racismo 24/11/ 2020 REUTERS/Benoit Tessier
Foto: Reuters

Revoltados com o que havia ocorrido, os jogadores do clube turco decidiram seguir para o vestiário do Parc des Princes e não voltar mais ao gramado. Muita gente poderia pensar, ali, que o PSG, interessado logo em assegurar sua classificação às oitavas de final da Liga, pusesse panos quentes no incidente a fim de que a partida continuasse.

Mas não. Liderados por Neymar e Mbappé, o time francês não só aprovou a atitude dos jogadores do Istambul, como resolveu fazer o mesmo. O craque brasileiro e também seu jovem companheiro de ataque do PSG já passaram por situações no mínimo constrangedoras por causa da cor da pele e sabem bem o que isso representa. Mbappé foi alvo de pichação racista e antissemita numa estação do metrô de Paris no ano passado.

Mais recentemente, em setembro, Neymar teve um entrevero com Álvaro Gonzalez, do Olympique, a quem acusou de tê-lo chamado de macaco durante jogo com PSG.

Fonte: Silvio Alves Barsetti
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