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Mudança de governo influencia futebol na Argentina

4 fev 2016 - 19h58
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A chegada de Mauricio Macri à presidência da Argentina provocou mudanças na estrutura e na organização do futebol do país, já que o Estado é o maior investidor da AFA (Associação do Futebol Argentino), com uma injeção de 861 milhões de pesos (US$ 61,5 milhões) pelos direitos de transmissão deste torneio.

Desde 2009, o governo argentino adquiriu estes direitos com Cristina Kirchner como presidente com o objetivo de "garantir a gratuidade e universalidade do futebol para todos os argentinos".

Este projeto estatal não tinha publicidade privada e significou quase a duplicação da receita que a AFA recebia por parte de um investidor privado.

O número chegou a 1,4 bilhão de pesos (US$ 100 milhões) no último ano e foi um dos eixos de campanha presidencial nas últimas eleições que terminaram consagrando Mauricio Macri como sucessor de Cristina Kirchner.

Tanto em sua campanha como em seu primeiro mês de governo, Macri ratificou a continuidade do programa "Futebol para Todos", mas com mudanças e a entrada da publicidade privada como uma forma de "reduzir ao máximo o investimento estatal no futebol".

Com o ex-presidente do Racing e empresário Fernando Marín como novo gestor do programa, o governo realizou uma reestruturação que incluiu a revenda da prioridade dos direitos televisivos dos cinco grandes para três canais privados, o retorno de direitos como a Copa Argentina e o Nacional B (segunda divisão) à AFA e uma maior austeridade na produção do produto futebol.

Desta maneira, a atual edição do Campeonato Argentino, que está em fase de transição para se adaptar ao calendário europeu, será um campo de provas para a mudança ainda mais profunda que o governo planeja para a temporada 2016/2017.

Mauricio Macri já adiantou que sua intenção é reduzir ao mínimo a participação econômica do Estado no futebol e permitir a licitação dos direitos televisivos a emissoras privadas.

Outro ponto de discussão entre governo e AFA é o pagamento das operações de segurança e a aplicação do direito de admissão nos estádios de todas as categorias.

Fernando De Andreis, Secretário da presidência atual, teve várias reuniões com os dirigentes do futebol argentino, e ventilou a possibilidade de que os clubes não tenham mais esta importante despesa, com o Estado assumindo os custos.

EFE   
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