Manchester United é processado por caso de abuso sexual histórico
Ação na Justiça britânica aponta falhas graves do clube na proteção de jovens atletas nos anos 1980; acusado era funcionário e morreu em 2009
O Manchester United enfrenta uma nova crise institucional após ser alvo de uma ação judicial por abuso sexual histórico, movida na Corte Superior britânica. A denúncia alega que o clube foi negligente na proteção de um jovem jogador, vítima de abusos cometidos por Billy Watts, ex-funcionário do departamento de base nos anos 1980.
De acordo com informações publicadas pelo jornal The Times e pelo canal de TV ITV News, o escritório de advocacia Simpson Millar abriu o caso e acusa o Manchester United de falhar em garantir um ambiente seguro a menores sob sua responsabilidade. Watts, que trabalhou como zelador e assistente de equipamentos no centro de treinamento The Cliff, em Salford, teria submetido o atleta a abusos físicos e sexuais durante atividades supervisionadas pelo clube.
O clube transferiu o funcionário de função em 1989, após denúncias internas, mas o manteve empregado até a aposentadoria. Ele morreu em 2009. O episódio foi mencionado no relatório independente Sheldon Review, encomendado pela Federação Inglesa (FA) para investigar casos de abuso no futebol britânico.
Segundo os advogados da vítima, o Manchester United não colaborou de forma construtiva com o processo, o que levou o caso à Justiça.
"Nosso cliente tentou resolver a situação extrajudicialmente, mas o clube se mostrou pouco cooperativo. O processo foi o último recurso", afirmou a defesa, citada pelo The Times.
O United declarou que apoia vítimas de abusos e que cooperou integralmente com a investigação Sheldon, negando qualquer tentativa de encobrimento. O clube afirma ainda que "mantém políticas rígidas de proteção a menores" desde a década de 1990.
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