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Libertadores

Cruzeiro e Santos pagam o preço da "traição" da CBF

Atitude do árbitro Éber Aquino traduz o sentimento da Conmebol, que pretende não esquecer ação do Coronel Nunes em recente cúpula da Fifa

20 set 2018 - 16h46
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Atribuir ao acaso o erro da arbitragem que ‘operou’ o Cruzeiro no jogo dessa quarta (19) pela Libertadores, na qual foi derrotado por 2 a 0 pelo Boca Juniors, na Argentina, pode beirar a ingenuidade. A atitude do árbitro Éber Aquino, em conluio com o árbitro de vídeo, de expulsar o zagueiro Dedé por um lance totalmente casual, traduz o sentimento da cúpula da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), disposta a não deixar passar em branco a atitude do presidente da CBF, coronel Antônio Nunes, em recente assembleia da Fifa.

Depois de dar sua palavra de que votaria em bloco pela candidatura conjunta de EUA, México e Canadá para sede do Mundial de 2026, o coronel roeu a corda e votou a favor de Marrocos, que também queria receber a Copa. Ao tomar conhecimento disso, a Conmebol considerou-se traída e não demorou a começar a dar o troco em doses volumosas.

Atribuir ao acaso o erro da arbitragem que ‘operou’ o Cruzeiro no jogo dessa quarta (19) pela Libertadores, na qual foi derrotado por 2 a 0 pelo Boca Juniors, na Argentina, pode beirar a ingenuidade
Atribuir ao acaso o erro da arbitragem que ‘operou’ o Cruzeiro no jogo dessa quarta (19) pela Libertadores, na qual foi derrotado por 2 a 0 pelo Boca Juniors, na Argentina, pode beirar a ingenuidade
Foto: Agustin Marcarian / Reuters

Primeiro, a confederação puniu de modo estranho o Santos pela escalação irregular do jogador Sanchez. No dia em que decidiria uma vaga às quartas de final da Libertadores contra o Independiente, na Vila Belmiro, o clube recebeu a pena da entidade – o empate no jogo de ida (0 a 0), na Argentina, não valia. Prevaleceria uma derrota do Santos por 3 a 0, determinada pelo Tribunal de Disciplina da Conmebol. Ou seja, o Santos foi “operado” horas antes de entrar em campo, para o jogo da volta.

Tal a repercussão de sua decisão em atingir o Cruzeiro, o árbitro Éber Aquino pode até ficar na ‘geladeira’ por alguns dias, mas logo deverá ser contemplado com a indicação para jogos importantes na América do Sul ou em outros continentes.

Enquanto isso, a CBF, à deriva, nem sabe o que fazer. Não custa lembrar, no entanto, que Cruzeiro e Santos têm responsabilidade nesses últimos acontecimentos. Em que pese o descuido do clube santista de checar a condição de jogo de Sanchez, esses dois gigantes do futebol brasileiro são vítimas também de suas posições a favor do grupo que domina a CBF. Entre os clubes nacionais de ponta, somente três têm questionado a fragilidade e os descaminhos da entidade: Flamengo, Corinthians e Atlético-PR.

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Fonte: Terra
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