PUBLICIDADE

Futebol Internacional

Com filhos de ex-craques, Mundial Sub-17 começa no sábado

14 out 2015 - 18h11
(atualizado às 18h54)
Compartilhar
Exibir comentários

Luca não ainda não era vivo para ver os dois gols com os quais Zinedine ajudou a França a conquistar seu primeiro título mundial em uma final contra o Brasil, em 1998, e José tinha apenas três anos quando José Francisco empolgava a torcida equatoriana como camisa 1 na primeira participação do país em uma Copa do Mundo, em 2002.

Hoje, Zinedine Zidane e José Francisco Cevallos, carrasco do Fluminense na decisão da Taça Libertadores de 2008, estarão contando as horas para acompanharem as defesas dos filhos no Mundial Sub-17, que começa neste sábado em Santiago e terminará em 8 de novembro em Viña del Mar.

Luca não quis seguir os passos do pai, um meia cerebral, e resolveu ser goleiro
Luca não quis seguir os passos do pai, um meia cerebral, e resolveu ser goleiro
Foto: Getty Images

Os goleiros Luca Zidane e José Cevallos se destacam por terem o futebol "no sangue" entre os 504 jovens de 24 países que estarão na 16ª edição do torneio. A competição é considerada o "berço" das futuras estrelas e por isso mexe com as ambições dos atletas.

Mas a tradição familiar não necessariamente recebeu influência de pai para filho. É o caso do atacante da Argentina sub-17 Federico Vietto, quem tem como espelho o irmão Luciano, que também é homem de frente e atualmente defende o Atlético de Madrid.

No Chile, a atual campeã Nigéria tentará se consolidar como maior vencedora da história do torneio. A representante africana soma quatro títulos, um a mais que o Brasil, que também se classificou para esta edição.

Em 2013, em Dubai, a seleção brasileira caiu nas quartas de final em uma disputa de pênaltis emocionante diante do México, que terminou com placar de 11 a 10. Com isso, a taça não fica com a tricampeã desde 2003.

Na tentativa de quebrar o jejum, a equipe dirigida por Carlos Amadeu está no grupo B, junto com Inglaterra, Guiné e Coreia do Sul. O destaque do elenco é o atacante Luis Henrique, titular do Botafogo em alguns jogos na campanha na segunda divisão do Campeonato Brasileiro e que vestirá a camisa 9.

Embora tenham eliminado o Brasil nos Emirados Árabes, os mexicanos, bicampeões, não têm boas lembranças de dois anos atrás, já que foram duramente derrotados pela Nigéria na decisão.

Quem sonha com um título inédito e também almeja uma campanha melhor em relação a 2013 é a Argentina, que ficou com a quarta colocação ao ter sido goleada pela Suécia por 4 a 1 na disputa pelo terceiro lugar.

Exceção feita ao Chile, que como anfitrião tinha vaga garantida no Mundial, as outras 23 seleções tiveram que se submeter aos torneios classificatórios. A seleção brasileira se classificou com o título do Sul-Americano, o 11º de sua história.

A competição é uma vitrine para as promessas. Muitas desaparecem no grande universo que é o futebol, mas alguns em poucos anos dominam o panorama futebolístico mundial. Craques como Ronaldinho, Neymar, Fernando Redondo, Luis Figo, Carlos Tévez e Xavi defenderam as seleções sub-17 de seus países quando ainda eram adolescentes.

Nos 15 Mundiais da categoria, sempre surgiram jovens talentosos desconhecidos até então, mas que anos mais tarde encheram páginas de jornais esportivos.

Em 1985, na China, apareceu o argentino Fernando Redondo, que já dava mostras da técnica excelente que anos depois o levaria a triunfar no Real Madrid. Em 1989, na Escócia, quem começava a demonstrar classe era um português chamado Luis Figo, e dois anos depois o Mundial da Itália foi especialmente frutífero com o surgimento do argentino Juan Sebastián Verón e do italiano Alessandro Del Piero.

A edição de 1993, disputada no Japão, serviu para conhecer as defesas de Gianluigi Buffon e a elegância de Francesco Totti, que em 2006 se proclamariam campeões do mundo pela seleção principal da Itália.

No Equador, em 1995, figuravam no elenco argentino Esteban Cambiasso e Pablo Aimar, que posteriormente tiveram uma longa trajetória no futebol europeu. No gol do Brasil estava Julio César, que começava uma longa carreira que inclui mais de 80 jogos pela seleção e três Copas do Mundo.

No Mundial Sub-17 de 1997, no Egito, a seleção brasileira foi campeã pela primeira vez graças a uma grande atuação de um jovem magro e sorridente na final. Foi a primeira grande aparição internacional de Ronaldinho Gaúcho, melhor do mundo em 2004 e 2005.

No mesmo ano, a Espanha teve o goleiro Iker Casillas, o meia Xavi Hernández e o atacante David Villa, peças fundamentais na etapa dourada do futebol do país com o título de 2010 na África do Sul e o bicampeonato europeu, em 2008 e 2012.

Em 2001, em Trinidad e Tobago, apareceu em cena Carlos Tévez com a Argentina e Fernando Torres com 'La Roja', e dois anos depois, na Finlândia, Cesc Fàbregas deu alguns indícios da qualidade junto a seu compatriota David Silva.

Na Nigéria, em 2009, surgiram Neymar e Philipe Coutinho no Brasil, que foi eliminado na primeira fase, e Mario Götze, autor do tetra da Alemanha no ano passado, na final disputada no Maracanã.

EFE   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade