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Futebol Internacional

Blatter teria dito que Catar não receberá Copa; Fifa nega

10 nov 2014 - 11h49
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Uma informação bombástica foi divulgada pela revista alemã Der Spiegel nesta segunda-feira. De acordo com a publicação, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, garantiu que a Copa do Mundo de 2022 não será realizada no Catar. A entidade, porém, já tratou de negar veemente este fato.

Foto: Ian Walton / Getty Images

Segundo a Der Spiegel, a declaração de Blatter aconteceu durante um jantar no dia 13 de outubro, em Oslo, na Noruega. Ele teria dito a representantes da Federação Norueguesa de Futebol que "o Mundial de 2022 não será no Catar". Ainda de acordo com a revista alemã, o suíço teria afirmado que os sheiks catarianos apoiam as milícias terroristas do Estado Islâmico (EI), além de ter chamado os dirigentes árabes de arrogantes: “pensam que podem conseguir tudo com seu dinheiro”, teria dito.

As supostas declarações de Blatter caíram como uma bomba na Fifa, que tratou de desmentir as informações publicadas pela Der Spiegel por meio de um comunicado. “As informações proporcionadas pelas fontes não correspondem ao que exatamente ocorreu na cena em questão. As declarações das fontes são falsas”, diz o texto publicado pela entidade, que ainda nega que Blatter tenha relacionado o Catar a milícias terroristas do EI. A Der Spiegel, por sua vez, garantiu que a Fifa é obrigada, "por motivos jurídicos", a responder às acusações desta forma.

As polêmicas sobre a realização ou não da Copa do Mundo de 2022 no Catar são imensas e começaram no ano passado, quando houve questionamento se as altas temperaturas do verão árabe não atrapalhariam o desempenho dos atletas em campo. Tudo ficou ainda maior depois de uma denúncia do jornal inglês Sunday Times, que revelou que o catariano Mohamed Bin Hammam, ex-membro do Comitê Executivo da Fifa e antigo presidente da Federação Asiática de Futebol, pagou US$ 5 milhões (R$ 11,1 milhões) em propinas a dirigentes para ajudar o Catar a ser eleito sede do torneio.

Desde então, Blatter, que em 2010 votou na candidatura dos EUA, chegou a dizer que havia sido “um erro” ter escolhido o Catar como palco do Mundial de 2022, e, assim, passou-se a especular uma possível mudança de sede. Tal atitude, porém, não cabe exclusivamente ao presidente da Fifa. Ela só pode acontecer por decisão do Comitê Executivo da entidade, e exclusivamente em caso de algum motivo considerado grave.

Fonte: Terra
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