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Campeonato Paulista

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Um mês depois da paralisação, confira a situação dos times do Campeonato Paulista

Agora com a volta do Estadual confirmada pela FPF, mas sem data ainda, equipes recomeçam a pensar na preparação para o restante do torneio

16 abr 2020 - 12h10
(atualizado às 13h10)
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O Campeonato Paulista parou. Mas vai voltar. Nesta quinta-feira os clubes completam um mês desde que o Estadual foi interrompido pela pandemia do novo coronavírus, porém agora têm a certeza de que a competição será retomada futuramente, ainda sem data marcada. Os jogos também serão com portões fechados. Nesse período de inatividade, os 16 participantes lidaram com negociações salariais, férias coletivas, recursos extras e até desmanches dos elencos. Muitos jogadores tinham contratos até o fim de abril, quando a disputa deveria conhecer seu campeão.

Para atualizar a situação de todos os times, o Estado realizou um levantamento sobre a condição de cada um nesse momento. Há aqueles que receberam doações da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e quem nada teve de recursos nessas últimas semanas. Confira como está o panorama da competição e dos clubes do Paulistão.

Água Santa

A equipe terá de renovar os contratos de grande parte de seus jogadores para a retomada do Estadual. Por não estar em competições nacionais, o clube não recebeu repasses da CBF. Terá de se sustentar com seus próprios rendimentos.

Botafogo-SP

Com férias coletivas até o fim de abril, o clube de Ribeirão Preto tem se movimentado no mercado atrás de reforços. A diretoria recebeu da CBF o valor de R$ 600 mil como adiantamento pelas cotas de televisão do Brasileiro da Série B. Os salários dos jogadores no mês de abril devem ter descontos de até 25%. Tem investidor próprio que pode ajudar.

Corinthians

Com seus atletas de férias coletivas até o fim do mês, o clube vai negociar em breve uma possível redução salarial do elenco. mas todos eles têm contrato para a temporada toda. Então, estão aptos a retomar a competição estadual.

Ferroviária

Equipe de Araraquara teve como aporte financeiro a ajuda de R$ 120 mil da CBF para participantes da Série D do Campeonato Brasileiro. As atividades foram interrompidas pela pandemia. Seus jogadores têm contrato. Conta com as cotas da TV e as premiações da FPF.

Guarani

Assim como os demais times da Série B do Campeonato Brasileiro, a equipe campineira recebeu o adiantamento das cotas de TV da CBF no valor de R$ 600 mil. Vai ter de fazer o dinheiro render. O elenco está de férias coletivas até o fim do mês e a diretoria sinalizou que não pretende fazer reduções salariais nos próximos meses.

Inter de Limeira

O elenco do técnico Elano tem 24 jogadores com contratos para encerrar até o começo de maio. Portanto, a diretoria terá de fazer adendo contratual para todos eles se quiser usá-los no Paulistão. A equipe não tem outra competição no calendário até o restante do ano e, por isso, não recebeu doações da CBF.

Ituano

Participante da Série C do Campeonato Brasileiro, o time recebeu doação de R$ 200 mil da CBF. Alguns jogadores do elenco têm contrato encerrando nas próximas semanas. As atividades no clube foram suspensas para evitar o risco de contágio. "Devemos respeitar as determinações da saúde e também devemos nos organizar para estar preparados para voltar a treinar", disse o gestor do clube, Paulo Silvestri.

Mirassol

Com vaga garantida na Série D do Brasileiro, a diretoria recebeu da CBF a doação de R$ 120 mil. Em entrevista ao Estado, o técnico da equipe, Ricardo Catalá, contou que um dos trabalhos durante a quarentena é para organizar a remontagem do elenco. "Tenho observado jogadores para montagem de um possível time para a Série D, que seria o próximo passo", explicou.

Novorizontino

Por estar na disputa da Série D do Campeonato Brasileiro, a equipe recebeu os R$ 120 mil da CBF. A diretoria tem alguns jogadores com contrato no fim e avalia o mercado para reforçar o time. Como tem competição no segundo semestre, está mais tranquilo.

Oeste

Com verba extra de R$ 600 mil paga pela CBF pelo adiantamento das cotas de TV do Brasileiro da Série B, o clube está de férias coletivas. Por parte do elenco, somente dois jogadores têm vínculos válidos até o fim do Campeonato Paulista. Os demais estão assegurados no time pelo restante da temporada.

Palmeiras

Equipe tem direito a receber cerca de R$ 9 milhões, valor garantido pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) como adiantamento da premiação pela fase de grupos da Libertadores. O clube realiza estudo para verificar se tem condições de manter a folha salarial durante a pandemia. Tem ainda patrocinador forte.

Ponte Preta

Clube renovou o contrato do meia senegalês Papa Faye, único jogador que ficaria sem vínculo ao fim do Campeonato Paulista. Agora, ele permanece até dezembro em Campinas. A diretoria recebeu da CBF o adiantamento de R$ 600 mil referentes às cotas de TV da Série B do Brasileiro e vai reduzir os salários do elenco em 25% durante o período da crise. É um dos times ameaçados de cair no Paulistão.

Red Bull Bragantino

A equipe não recebeu repasses da CBF por estar na elite do Campeonato Brasileiro. A diretoria deu férias coletivas ao elenco e já adiantou que tem condições financeiras suficientes para não precisar realizar reduções salariais. Tem patrocinador.

Santo André

Dono da melhor campanha do Estadual até a paralisação, o clube só tem quatro jogadores com contrato. O Santo André promete reconstruir o elenco nos próximos dias e renovar o vínculo com atletas que participaram da equipe nos primeiros meses do ano. O time não recebeu verbas da CBF. Mas tem a motivação de liderar a disputa.

Santos

Equipe não pretende fazer redução salarial dos jogadores. Assim como o Palmeiras, a diretoria tem direito de pedir para a Conmebol o valor de R$ 9 milhões, que diz respeito ao 60% de adiantamento pela participação na fase de grupos da Libertadores.

São Paulo

A diretoria realizou um corte de 50% do salário em carteira e a suspensão do pagamento de direito de imagem dos atletas. Para compensar perdas financeiras, o clube do Morumbi conta ainda com o adiantamento de R$ 9 milhões pagos pela Conmebol. Tem patrocinador e venda de jogadores encaminhadas, como a de Antony.

Estadão
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