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Egito confirma 74 mortos e 248 feridos após briga entre torcidas

1 fev 2012 - 20h31
(atualizado às 22h09)
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O governo do Egito confirmou que 74 pessoas morreram, entre elas um policial, e outras 248 ficaram feridas nos distúrbios após um jogo de futebol do Campeonato Egípcio no estádio de Port Said (nordeste do país). Torcedores do Al-Masri invadiram o campo depois da vitória por 3 a 1 sobre o Al-Ahly, causando uma enorme confusão dentro do gramado.

Em comunicado, o Ministério do Interior local, Mohammed Ibrahim, explicou que, até o momento, 47 pessoas foram detidas pelos enfrentamentos entre os torcedores das equipes. O incidente forçou a paralisação do campeonato.

Já à televisão pública, o ministro disse que a polícia ainda está realizando prisões devido ao incidente, que começou após torcedores do Al-Masry invadiram o campo depois da vitória da equipe local e agrediram jogadores do time visitante.

Segundo testemunhas, o elenco do Al-Ahly, que conta com o brasileiro Fábio Júnior (ex-Flamengo, Internacional, Vasco e Ceará), deixou a cidade de Por Said em direção ao Cairo em helicópteros do exército, que foram enviados pela Junta Militar que governa o país. O time temia sofrer novos ataques caso viajasse em ônibus.

Ibrahim afirmou que havia 13 mil espectadores no estádio e 20 brigadas da tropa antichoque da polícia estavam encarregadas de manter a segurança. "Apesar dos preparativos policiais antes da partida, houve uma escalada da violência quase proposital por uma parte do público. Os serviços de segurança agiram com sabedoria diante disso para levar o jogo adiante", disse o comunicado do Ministério do Interior.

O governo critica a "insistência proposital de alguns grupos de hooligans em cometer agressões injustificadas e criar um estado de caos" com a invasão final do campo.

O ministério finalizou o comunicado informando que já tinha advertido várias vezes sobre a propagação da violência nos estádios de futebol do Egito. Em declarações à televisão egípcia, Ibrahim afirmou ter se reunido com os presidentes dos principais clubes, com a Federação do Futebol Egípcio e com as torcidas organizadas para conter os torcedores radicais.

O Partido Liberdade e Justiça (PLJ), braço político da Irmandade Muçulmana, que controla quase metade do Parlamento egípcio, acusou os partidários do antigo regime de Hosni Mubarak pela tragédia desta quarta.

Partida de futebol no Egito acaba em tragédia; veja:
EFE   
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