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Del Nero foi consultado na CBF para dizer “não” ao Flamengo

Dirigente banido do futebol orientou entidade a ignorar pedido do clube

11 jun 2021 - 13h37
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Banido do futebol pela Fifa em 2019 por ter seu nome envolvido em escândalos de corrupção, Marco Polo Del Nero, ex-presidente da CBF, continua ditando os rumos do futebol nacional. Segundo o Terra apurou, foi dele a ordem de a confederação não dar importância ao pedido de adiamento de algumas rodadas do Campeonato Brasileiro feito pelo Flamengo, nessa quinta-feira (10).

Ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Polo Del Nero distribui as cartas do jogo na entidade
22/10/2015
REUTERS/Sergio Moraes/File Photo
Ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Polo Del Nero distribui as cartas do jogo na entidade 22/10/2015 REUTERS/Sergio Moraes/File Photo
Foto: Reuters

O Rubro-Negro quer mudar a data de várias partidas para não ser obrigado a atuar desfalcado de vários de seus jogadores, convocados para a seleção principal do Brasil e para outras de países vizinhos durante a Copa América (de 13 de junho a 10 de julho). Seriam, a princípio, cinco ausências nesse período – Gabigol e Everton Ribeiro; Arrascaeta (Uruguai), Piris da Motta (Paraguai) e Isla (Chile).

Ao saber da movimentação do Flamengo, Del Nero recebeu um telefonema de um dos dirigentes da CBF para determinar o que deveria ser feito. Nesse momento, de acordo com relato feito ao Terra por outro integrante da diretoria da CBF, o ex-presidente teria indicado que o melhor caminho era o silêncio. Ou seja, a confederação deveria ignorar a reivindicação do clube carioca.

A partir dessa postura da CBF, o Flamengo resolveu então recorrer ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), órgão que se diz independente, composto em sua maioria por amigos e aliados de Del Nero - hoje o manda-chuva da entidade, que é dirigida interinamente pelo coronel Antônio Nunes, figura decorativa. O presidente Rogério Caboclo se mantém afastado por decisão do Comitê de Ética da CBF, após acusação de ter cometido assédio sexual e moral contra uma funcionária da casa.

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