Flamengo faz jogo equilibrado com o PSG, sucumbe nos pênaltis e é vice do Intercontinental
Herói improvável, goleiro russo Matvei Safonov defende quatro cobranças e garante a taça inédita ao time francês
O Paris Saint-Germain superou o Flamengo nos pênaltis para conquistar a Copa Intercontinental nesta quarta-feira, no Catar. Equilibrado, o duelo foi definido nas penalidades depois de empate por 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação. O desfecho foi favorável ao campeão europeu graças ao goleiro russo Matvei Safonov, o improvável herói que era reserva e pegou quatro cobranças.
O PSG dominou todo o primeiro tempo. Os franceses atacaram e defenderam de forma sincronizada e mostraram estar em outra rotação em relação ao oponente brasileiro.
Ainda que não tenha sido um massacre, o campeão europeu controlou a partida e foi superior em todas as estatísticas. Depois de pressionar e ocupar o campo de ataque, se valeu de um erro de Rossi para abrir o placar.
As duas graves falhas no jogo foram cometidas pelo goleiro argentino. Ele entregou de graça a bola aos franceses ao tentar evitar um escanteio. Fabián Ruiz mandou para a rede. Sorte de Rossi que a bola havia saído, como atestou o árbitro de vídeo, e o gol foi anulado.
FOI PRO VAR…
Vem que a final tá ao vivo na Globo : https://t.co/wISiOuyeUs#FutebolNaGlobo #CopaIntercontinentalFIFA #IntercontinentalNaGlobo #PSGxFLA pic.twitter.com/IqDcP4ZAZg
— TV Globo (@tvglobo) December 17, 2025
Mas nem o juiz nem o VAR salvaram o goleiro quando seu desvio com a mão em passe de Doué ajudou Kvaratskhelia, que empurrou para o gol. O atacante georgiano provavelmente não alcançaria a bola se Rossi não tivesse tocado nela.
Com dificuldade para a transição ofensiva, o Flamengo ameaçou nas poucas brechas que encontrou, em tentativas de Pulgar. Pelo alto, em cabeceio do volante chileno, e de fora da área, em finalização que o russo Safonov defendeu sem dificuldade.
O PSG tinha o jogo controlado. O cenário indicava que levaria a taça sem intercorrências. Mas uma falha do zagueiro brasileiro Marquinhos no começo da segunda etapa recolocou o Flamengo no jogo.
O gol deixou confiante a equipe brasileira, que encontrou bastante espaço para contra-atacar com Plata, Pedro e Bruno Henrique. Cada um dos três teve um chance para marcara nos minutos finais do segundo tempo.
Preocupado, o técnico Luis Enrique acionou o melhor jogador do mundo eleito pela Fifa e pela revista France Football. Recuperado de forte gripe, Dembélé entrou aos 33 minutos e pouco fez.
Seus companheiros também não produziram muito mais até o apito final. Marquinhos, em noite infeliz, ainda teve a chance para assegurar o título no último lance do tempo normal. Só que o zagueiro, desacostumado aos gestos de um centroavante, afastou a bola ao tentar empurrá-la para a rede.
Na prorrogação, o PSG encurralou o Flamengo, principalmente nos últimos minutos. Chegou com poucos passes ao ataque, mas exagerou no refino e no preciosismo. A equipe francesa fez escolhas erradas no momento de concluir seus ataques. Em vez de finalizar, a equipe francesa trocou passes demais perto da área e dentro da área. Sorte a dos europeus que Safonov estava em noite inspiradíssima.
PSG 1 (2) X 1 (1) FLAMENGO
- PSG: Safonov; Zaïre-Emery, Marquinhos, Pacho e Nuno Mendes; Vitinha, João Neves; Fabián Ruíz (Ndjantou) e Lee Kang-In (Mayulu; Barcola); Kvaratskhelia (Mbaye), Doué (Dembélé). Técnico: Luis Enrique.
- FLAMENGO: Rossi; Varela, Léo Ortiz, Léo Pereira e Alex Sandro; Pulgar (De La Cruz), Jorginho (Saúl) e Arrascaeta (Everton); Carrascal (Pedro), Bruno Henrique (Luiz Araújo) e Plata (Samuel Lino). Técnico: Filipe Luís.
- GOLS: Kvaratskhelia, aos 37 do 1ºT. Jorginho, aos 16 do 2ºT.
- ÁRBITRO: Ismail Elfath (EUA).
- CARTÕES AMARELOS: Fabián Ruiz, Vitinha, Alex Sandro, Jorginho, Pulgar, Plata, Saúl, Juninho.
- PÚBLICO: 32.150.
- LOCAL: Estádio Ahmad bin Ali, em Al Rayyan, no Catar.