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Copa Feminina

Jovens se destacam em ‘unificação’ espanhola de títulos mundiais

Espanha bate Inglaterra por 1x0 na final e iguala a Alemanha como os únicos países com os dois troféus da FIFA

20 ago 2023 - 11h14
(atualizado às 11h15)
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Salma Paralluelo beija o troféu da Copa do Mundo Feminina
Salma Paralluelo beija o troféu da Copa do Mundo Feminina
Foto: Hannah Mckay / Reuters

A Espanha se consagrou como campeã mundial neste domingo ao bater a Inglaterra por 1 a 0 na final da Copa do Mundo Feminina da FIFA, em Sydney, na Austrália. Agora, são dois os países que possuem o título tanto no masculino como no feminino: além da Roja, apenas a Alemanha.

As espanholas se tornaram a quinta seleção campeã do Mundial feminino, depois de Estados Unidos (4 vezes), Alemanha (2), Noruega (1) e Japão (1). Elas também unificaram os títulos de todas as categorias do Mundial feminino organizadas pela FIFA (sub-17, sub-20 e profissional).

Além disso, a seleção ibérica chegou a quatro vitórias seguidas em Mundial, sua melhor sequência na história da competição. De quebra, se tornou a primeira equipe a levantar o troféu em uma edição na qual perdeu uma partida por quatro ou mais gols de diferença (0x4 contra o Japão na última rodada da fase de grupos, exatamente a última partida antes da série de vitórias).

Por sinal, a Espanha é apenas a segunda seleção a ser campeã depois de perder uma partida na fase de grupos, depois do próprio Japão em 2011.

Bater justamente as inglesas na final chega como troco pela última Eurocopa, na qual as Leoas eliminaram a Espanha nas quartas de final, no que tinha sido o último encontro entre as duas, e terminaram campeãs.

Por sinal, a Inglaterra havia perdido apenas dois dos 13 jogos anteriores contra as espanholas (com sete vitórias e quatro empates).

Foto: Divulgação/Opta

Se a Espanha alcançou a glória, a Inglaterra segue sem título. No entanto, fez a melhor campanha de sua história na Copa feminina, superando o terceiro lugar de 2015. Fica também um gosto amargo para a treinadora das Leoas, Sarina Wiegman, que se tornou a primeira técnica a ser vice-campeã do mundo duas vezes, seja no feminino ou masculino (neste domingo com a Inglaterra e em 2019 com a Holanda).

Encerra-se também a série invicta da Inglaterra, que não perdia há 29 partidas (25V 4E), excluindo amistosos. A última derrota também havia sido para a Espanha, em março de 2020, na SheBelieves Cup, antes de Sarina assumir o comando da seleção.

Olga Carmona resolve final e semifinal

Ainda que a Espanha tenha dominado a posse de bola, quem começou mais perigosa na final foi a Inglaterra. As Leoas foram responsáveis pelas primeiras duas finalizações do jogo – ambas de Lauren Hemp, sendo a segunda uma bola no travessão. 

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As espanholas saíram na frente do placar aos 29 minutos com uma finalização cruzada de Olga Carmona - ela também tinha anotado o gol da vitória na semifinal contra a Suécia. A última atleta a balançar as redes em semifinal e final de Copa feminina havia sido Carli Lloyd, em 2015, pelos Estados Unidos, feito que outras cinco jogadoras também conseguiram.

Aos 23 anos e 69 dias de idade, Carmona também se tornou a quarta jogadora mais jovem a balançar as redes em uma decisão.

Mary Earps pega pênalti e evita placar maior

A Espanha teve a oportunidade de ampliar o marcador aos 24 minutos da segunda etapa, em pênalti marcado por mão na bola de Keira Walsh. Mary Earps se tornou a primeira goleira a defender um pênalti em uma final da Copa do Mundo Feminina da FIFA desde a alemã Nadine Angerer, que em 2007 defendeu cobrança de Marta. A arqueira inglesa encaixou a cobrança de Jenni Hermoso e deu vida à sua seleção.

No entanto, a Inglaterra não aproveitou o momento. As Leoas finalizaram quatro vezes após o pênalti defendido por sua goleira, acertando apenas uma no alvo. Nos mais de 14 minutos de acréscimos, a Espanha foi quem mais chutou (3x1).

Foto: Divulgação/Opta

Paraulluelo e Bonmatí ganham prêmios individuais

Um dos grandes destaques da Copa do Mundo feminina, Salma Paralluelo, de 19 anos de idade, foi eleita pela FIFA a melhor jogadora jovem da competição. Ao ser titular na final, ela se tornou a quinta jogadora com menos de 20 anos a começar uma partida de decisão, após Mia Hamm (Estados Unidos, 1991), Gro Espeth (Noruega, 1991), Birgit Prinz (Alemanha, 1995) e Pu Wei (China, 1999).

Apesar de ter saído do banco em duas das sete partidas da campanha, Paralluelo terminou a Copa como a líder entre todas as jogadoras em ações com bola na área rival (49), grandes chances criadas (4, mesmo número de Aoba Fujino, do Japão) e dribles completados (22).

Foto: Divulgação/Opta

Quem ficou com o prêmio de melhor jogadora da Copa do Mundo feminina foi Aitana Bonmatí. Ela participou diretamente de cinco gols da Espanha (três gols e duas assistências), maior marca das campeãs, empatada com Jenni Hermoso.

Dentro de sua seleção, ela teve a segunda maior marca em precisão nos passes (87%, 328 de 376, mínimo de 150 passes tentados), chances criadas com bola rolando (11) e finalizações (19).

Foto: Divulgação/Opta

Do lado inglês, fica o destaque para Lucy Bronze. Ao entrar em campo, ela se tornou a primeira jogadora a ser titular em 20 partidas de Copa do Mundo feminina pela Inglaterra. Ela também é a segunda atleta com mais jogos pelas Leoas em Mundiais (20, um a menos que Jill Scott).

A defensora também terminou o Mundial como a líder em duelos individuais vencidos (67), desarmes (27) e interceptações (16).

Foto: Divulgação/Opta
Fonte: Redação Terra
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