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Copa do Mundo

Rakitic fala sobre Copa do Mundo e diz que Deuses do Futebol eram franceses

16 nov 2018 - 15h04
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2018 se aproxima do fim, mas para os croatas esse ano será eterno para o futebol do país, com a conquista do vice-campeonato Mundial na Rússia. Para Ivan Rakitic não é diferente. O camisa 7 da seleção revelou em uma entrevista para o jornal inglês The Guardian que fez uma promessa para a esposa, Raquel, que só voltaria para casa dia 15 de julho e com festa, e cumpriu.

O jogador marcou os pênaltis decisivos para os avanços diante da Dinamarca e da Rússia e contou que apesar de não transparecer, na verdade o sentimento era de muito nervosismo. "Se eu lhe dissesse que estava tão calmo quanto estaria sofrendo qualquer penalidade, estaria mentindo. Mas pensava, que somos um país pequeno, mas há croatas na Austrália, América do Sul, África, no outro lado do mundo, e você pensa: 'Eu posso fazer história com meus irmãos'. Mas, na maioria das vezes, você pensa em "nada": conversas com minha esposa, FaceTime com minhas filhas, coisas cotidianas".

Na semifinal, contra a Inglaterra embalada pela torcida e a artilharia de Harry Kane, o time croata saiu atrás na prorrogação e, ainda assim, conseguiu reverter o placar para carimbar o passaporte para a final da Copa. Ao som de "Football's coming home", música que fala que o futebol (título mundial) está voltando para casa (Inglaterra), os ingleses pareciam ter certeza do sucesso de sua seleção, e Rakitic falou sobre o pensamento da equipe quanto a esse sentimento.

"Bem, todos nós vimos o 'Football's Coming Home'. Não fiquei ofendido. É algo positivo que você criou em torno da equipe que não foi feito para ofender, embora tenhamos pensado: 'Sim, mas você ainda tem que jogar conosco'. Eu entendo que um país - o país do futebol - tinha esse desejo, e a Inglaterra chegou perto. Foi um bom marketing, e tentamos algo parecido com nossa hashtag #family, mas pensamos: "Agora, mais do que nunca, queremos que esteja voltando para nossa casa", disse o meia do Barcelona,

Quando perguntado sobre o que sentiu na hora do hino croata antes da grande final contra a França, Rakitik disse: "Você sente um orgulho tão forte que se o Super-Homem voasse para baixo, ele não poderia arrastá-lo para longe; ele não poderia lhe mover, tão poderoso é o desejo, a vontade. É incrível. Você experimenta emoções que nunca esquecerá. É único. Eu tenho a sorte de ter ganho a Liga dos Campeões, mas, com todo respeito, até mesmo isso não chega perto. Você pensa: 'Ok, pare tudo, vamos jogar".

Sobre o jogo, onde a Croácia surpreendeu, mas ainda assim levou quatro gols, com um sendo de pênalti descutível, que até hoje assombra Rakitic. "Não fale comigo sobre o VAR; Eu sonhei com isso por mil noites ", disse o meia, que ainda completou falando sobre como a Croácia foi superior na final. "Esse foi talvez o nosso melhor jogo. Durante uma hora fomos melhores que eles, muito superiores. Você pode vê nos rostos de seus oponentes algumas vezes e podemos ver que a França não sabia como nos impedir, como nos controlar, como sair, atacar. Eles estavam desconfortáveis. Mas, por tudo isso, o deus do futebol, naquele momento. Naquela final, o deus do futebol era francês. O primeiro gol vem de uma falta que não existiu e o VAR poderia ter intervindo porque Pogba estava impedido. E depois o VAR não acertou na penalidade, mas se ele não tivesse dado, não haveria muitas reclamações. Se houver uma penalidade, eu vejo uma vez e eu sei; Eu não preciso ver 10 vezes. Qualquer coisa que melhore o futebol é bem-vinda, mas com o jogo VAR parado, o futebol perde algo . Você marca e não pode comemorar, você espera para ver se o dedo do árbitro está em seu ouvido ou ele está"

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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