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Copa das Confederações

Longe de Valcke, Marin conquista simpatia da torcida com brindes na BA

23 jun 2013 - 09h15
(atualizado às 09h15)
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Marin chamava torcedores para distribuir brindes
Marin chamava torcedores para distribuir brindes
Foto: Terra

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, assistiu à partida entre Brasil e Itália, neste sábado, na Arena Fonte Nova. O dirigente se sentou na área VVIP (área exclusiva dentro do setor VIP) do estádio a uma distância razoável do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, com quem não teve muito contato. Durante o jogo, Marin mostrou muito nervosismo e ao final se empolgou com a vitória por 4 a 2 da Seleção.

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Marin estava nervoso especialmente no primeiro tempo. Sentado ao lado do ex-treinador italiano Arrigo Sacchi e a duas cadeiras de distância do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, o presidente da CBF permanecia a maior parte do tempo com a mão esquerda apoiada no queixo, apreensivo. Algumas vezes, juntava ambas as mãos e colocava-as sobre a testa.

Aos 34min, o zagueiro Dante entrou no lugar de David Luiz, machucado, e logo deu um susto em Marin. Ao ver uma furada do zagueiro após cruzamento que Mario Balotelli não conseguiu dominar, já dentro da grande área, o dirigente levou a mão direita à cabeça. Logo depois, abriu os braços, fazendo gestos e reclamando enquanto conversava com Sacchi e Rebelo.

Mas o dirigente se acalmaria logo depois. Aos 46min, Neymar cobrou falta, Fred desviou de cabeça e o mesmo Dante balançou as redes de Gianluigi Buffon. O gol foi a senha para Marin se animar: ele se levantou da cadeira e abriu os braços, vibrando, com os punhos cerrados.

Ao apito do árbitro que indicou o início do intervalo, Marin seguiu em pé e se dirigiu à beirada da tribuna da área VVIP, a principal destinada a convidados na Fonte Nova. Observando a fileira de cadeiras de baixo, onde se sentavam os torcedores da área VIP, o dirigente fez acenos e distribuiu alguns chaveiros e pins com o símbolo da CBF.

Uma das torcedoras presenteadas foi a química Elaine Serpa, 36 anos, moradora de Florianópolis. Ela relatou à reportagem do Terra que o próprio Marin era quem chamava as pessoas para lhes jogar os brindes, o que ele fez com ela e mais alguns poucos torcedores. Um destes, vestido com a camisa da Seleção Brasileira, chegou a bater efusivamente no peito; o dirigente sorriu.

<p>Marin assiste ao jogo na Arena Fonte Nova ao lado do ex-treinador italiano Arrigo Sacchi</p>
Marin assiste ao jogo na Arena Fonte Nova ao lado do ex-treinador italiano Arrigo Sacchi
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra

No segundo tempo, o mandatário da CBF sofreu um susto aos 6min com o gol de empate da Itália marcado pelo meia Emanuele Giaccherini, mas voltou a vibrar quatro minutos depois, quando Neymar marcou de falta.

O dirigente ainda comemoraria mais dois gols brasileiros no jogo – ambos de autoria de Fred, aos 21min e aos 44min. No último tento, feito quando a Itália sonhava com nova igualdade após o zagueiro Giorgio Chiellini diminuir a desvantagem, os festejos foram ainda mais significativos, com direito a abraços nos colegas mais próximos.

Enquanto a presidente do Brasil, Dilma Roussef, e o presidente da Fifa, Joseph Blatter, ouviram sonoras vaias na abertura da Copa das Confederações, antes da vitória do Brasil sobre o Japão, no Estádio Nacional Mané Garrincha, em 15 de junho, Marin distribui acenos e sorrisos. Ele foi a todas as partidas da Seleção na primeira fase – em Brasília, Fortaleza e Salvador –, sempre evitando os holofotes e mantendo a discrição.

Foi o que aconteceu ao final da partida. Marin cumprimentou colegas, entre eles Rebelo, Marco Polo del Nero (vice-presidente da Federação Paulista de Futebol) e ACM Neto (prefeito de Salvador).

Com Valcke, cumprimentou-o pegando-lhe ambas as mãos e tocou os seus ombros, em um contato breve. Menos de cinco minutos depois do apito final do árbitro uzbeque Ravshan Irmatov, o sucessor de Ricardo Teixeira já havia deixado as tribunas da Fonte Nova. Longe dos holofotes. Satisfeito com a vitória da Seleção – e a com a receptividade de parte do público.

Fonte: Terra
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