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Copa Coca-Cola

No dia do gol olímpico, Pet conta seus segredos no escanteio

2 out 2012 - 07h15
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Em 2 de outubro de 1924 a Argentina enfrentou a seleção do Uruguai, então campeã olímpica, em Buenos Aires. A poderosa equipe celeste venceu por 2 a 1, mas quem entrou para a história foi o argentino Cesáreo Onzari, que aos 15 minutos de jogo balançou as redes com uma cobrança de escanteio.

Meia comemora após marcar gol olímpico sobre Marcos, do Palmeiras
Meia comemora após marcar gol olímpico sobre Marcos, do Palmeiras
Foto: VipComm / Divulgação

A jogada só começou a ser permitida pelas regras em junho daquele ano, e o inédito feito foi celebrado à época como "o gol nos campeões olímpicos". Com o passar dos anos, virou simplesmente gol olímpico. Para celebrar os 88 anos do surgimento de um dos mais belos lances do futebol, Petkovic revela os segredos que fizeram dele um verdadeiro artilheiro das batidas de escanteio.

Oficialmente, o sérvio marcou oito vezes desta maneira. A primeira delas foi quando ainda defendia o Estrela Vermelha, no começo dos anos 1990. "Este primeiro gol ajudou a me dar confiança, e eu passei a arriscar mais, sempre levando perigo ao goleiro e às vezes acertando a trave", diz ele, que afirma que se inspirava em dois craques com muita qualidade para bater na bola: Platini e Zico.

Pet, no entanto, só foi repetir a façanha quando já estava no Vitória, na edição de 1999 da Copa do Brasil. A partir de então, passou a ser reconhecido por aqui como um especialista neste tipo de jogada. Para chegar a este nível, porém, o sérvio lembra que não basta talento. É preciso treinar muito. "Eu batia entre 50 e 100 escanteios todas as semanas, e tinha um índice de aproveitamento de cerca de 80%. Você precisa ser capaz de colocar a bola onde quiser para fazer o gol olímpico, caso contrário vira loteria."

Ele acrescenta que a forma de efetuar a cobrança também faz toda a diferença. É preciso conciliar fatores como força, curva, altura e direção, além de considerar o vento. Ele alerta ainda que nem sempre se deve chutar direto no gol. É preciso esperar o momento certo para surpreender e variar entre batidas no primeiro e no segundo pau. "Surgem vários escanteios em um jogo. Então eu cobrava os primeiros, ia olhando o comportamento do goleiro e da zaga e ajustando meu pé. Se eu percebesse algum erro de posicionamento do adversário, arriscava", diz.

Outra tática adotada por Petkovic era combinar com sua equipe para tumultuar a área no momento da cobrança. Um dos seus companheiros sempre ficava perto do goleiro para atrapalhar, enquanto outro entrava rápido na diagonal quando a bola era chutada. Todos esses fatores transformaram os escanteios do sérvio em uma verdadeira arma para os times que defendeu.

O maior exemplo disso é a contribuição que ele deu para o Flamengo conquistar do Campeonato Brasileiro de 2009. Foram dois gols olímpicos quase seguidos na reta final, um contra o Palmeiras no Parque Antártica e outro contra o Atlético Mineiro no Mineirão. "Este em Minas Gerais foi muito importante, pois eles dominavam o jogo. Com a vantagem nós ganhamos tranquilidade e confiança. Nesta época estavam rodando o filme 'O Gringo', sobre minha carreira, e o diretor teve de atualizar o roteiro por causa deste lance", lembra.

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Fonte: PrimaPagina
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