Suíço, vendedor de cachecóis topa pechincha para lucrar com brasileiros
Discutir o preço de uma mercadoria não é um hábito lá muito comum aos europeus, mas o suíço Julian, vendedor de cachecóis, já aprendeu como funciona no Brasil. A algumas horas do amistoso entre a Suíça e a Seleção Brasileira na tarde desta quarta-feira (15h45 de Brasília), em Basileia, o senhor ambulante discute quanto deve ser pago por seu produto, que comemora o duelo entre suíços e brasileiros. Como se estivesse na 25 de Março, em São Paulo, ou em qualquer outro comércio de rua brasileiro.
"O preço é 20 francos suíços (cerca de R$ 55)", diz inicialmente a um jovem que se aproxima para comprar os cachecóis. Ao ouvir a recusa por sua pedida, Julian reduz o valor. "Pode levar dois por 20 francos, então", insiste, mas só com a compra dupla. Depois de outra negativa, chega até onde o brasileiro queria. "Tudo bem, 10 francos por um. Mas não espalhe o preço por aí", pede com bom humor.
De acordo com Julian, só os brasileiros se interessam pelo souvenir que também pode aquecer durante o inverno. "Eu vendi umas dez peças, mas só para brasileiros. Os suíços não querem comprar", resmunga.
É raríssima a presença de ambulantes em Basileia. Nas lojas esportivas, um cachecol como o que vende Julian costuma sair por mais de 30 francos, o que revela o bom negócio na pechincha. A Suíça está entre os países mais caros para se viver na Europa.
O St Jakob Park, estádio do Basel que recebe Brasil x Suíça nesta quarta, deve ter espaços esgotados. A um dia da partida, apenas os ingressos mais caros não haviam sido comercializados.