Ronaldinho perde penâlti, sai no intervalo e tem volta apagada à Seleção

Era para Ronaldinho ser um dos destaques do amistoso entre Inglaterra e Brasil, nesta quarta-feira, no lendário estádio de Wembley. Faltou, no entanto, combinar com o goleiro adversário, Joe Hart. O arqueiro do Manchester City foi a pedra na chuteira de Ronaldinho na primeira etapa da partida.

Antes do apito inicial, o meia-atacante do Atlético-MG foi homenageado pela 100ª partida pela Seleção Brasileira. Bastante emocionado, Ronaldinho recebeu das mãos do presidente da CBF, José Maria Marin, uma camisa comemorativa pela marca atingida. Entretanto, esse seria o único ponto alto da reestreia do jogador pelo Brasil.

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Logo no primeiro minuto do clássico, Ronaldinho participou de um belo drible que empolgou a torcida. Só que, surpreendentemente, ele próprio foi a vítima. E o goleiro Joe Hart quem mostrou habilidade para, de letra, se livrar da marcação feita pelo brasileiro na bola recuada por Chris Smalling.

Depois disso, o atleta pouco participou da partida. Apenas com pequenas movimentações pelo meio-campo, esperando a bola chegar. Mesmo pouco participativo, Ronaldinho ainda criou o que seria a melhor oportunidade brasileira de abrir o marcador no primeiro tempo.

Em jogada pela esquerda, ele tentou alçar a bola na área, mas a bola foi interceptada por Jack Wilshere com o braço. Pênalti para o Brasil. Até o final da era Mano Menezes, Neymar era o cobrador oficial da Seleção. Nesta quarta, coube a Ronaldinho tentar converter a oportunidade.

Mas Joe Hart, outra vez, estava lá para deixar Ronaldinho em maus lençóis. Sob uma chuva de vaias dos torcedores locais, o meia-atacante partiu para a batida, fraca e rasteira no canto esquerdo do goleiro inglês, que não teve dificuldades para defender.

O brasileiro ainda tentou o rebote, mas foi bloqueado por Hart. Ronaldinho, aparentemente, se deixou abater pelo lance. Continuou apagado, participando pouco do jogo. E em pouco mais de 45 minutos estava encerrada a primeira participação do camisa 10 em seu terceiro retorno à Seleção desde a Copa de 2010.

Na volta do intervalo, o jogador foi substituído por Lucas. O meia, 20 anos, aproveitou o vigor físico para fazer o que Ronaldinho não conseguiu no primeiro tempo: buscar o jogo e marcar a saída de bola do adversário. E logo no segundo minuto veio o resultado: na roubada de bola de Lucas que acabou na finalização operfeita de Fred.

Na véspera da partida, Ronaldinho disse que, para ter uma sequência de jogos pela Seleção, precisaria apresentar um bom futebol em campo. Mas, reconheceu que a boa relação com Felipão (os dois participaram da conquista do pentacampeonato em 2002) também poderia ajudá-lo a se manter. A julgar pela apresentação desta quarta, o segundo fator promete ser mais determinante para futuras convocações.