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Terra na Copa

Jogadores negros podem boicotar Copa na Rússia, diz Touré

25 out 2013 - 15h32
(atualizado às 15h41)
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Jogadores negros podem boicotar a Copa do Mundo de 2018 na Rússia se o país não enfrentar o racismo nas arquibancadas, disse o meia do Manchester City Yaya Touré nesta sexta-feira.

<p>Yaya Touré foi alvo de cânticos racistas na vitória do Manchester City na última quarta</p>
Yaya Touré foi alvo de cânticos racistas na vitória do Manchester City na última quarta
Foto: EFE

O marfinense Touré afirma que foi vítima de ofensas racistas durante a vitória de quarta-feira de seu por 2 a 1 na Liga dos Campeões contra o CSKA Moscou, o que levou a Uefa a abrir um processo disciplinar contra o clube. Segundo o jogador, a Fifa e as autoridades russas precisam agir.

"É muito importante", disse ele, segundo a mídia britânica. "Caso contrário, não ficamos confiantes em jogar a Copa do Mundo na Rússia. Nós não iremos."

A ideia de um boicote não foi bem recebida por alguns técnicos do Campeonato Inglês, e o treinador do Chelsea, José Mourinho, disse que a alegria da maioria não deve ser arruinada pela ação de uma minoria.

"Uma grande porcentagem das pessoas que vão aos estádios de futebol é de pessoas que respeitam as diferenças e respeitam todo mundo, e eles são mais importantes do que os pequenos grupos que se expressam de uma forma negativa", disse em entrevista coletiva.

"A história do futebol foi feita por muitas raças. Vamos lutar contra os milhares, mas vamos dar para os bilhões o que os bilhões querem, e isso é o melhor futebol com os melhores jogadores de todo o mundo, independentemente da sua raça."

O técnico do Arsenal, Arsene Wenger, disse que a Uefa precisa completar sua investigação antes de se falar em um boicote. "Para ir tão extremo como foi sugerido (boicote), é um pouco cedo para fazer isso, porque não está provado o que aconteceu", disse.

Top 5: inglês marca golaço pela 3ª rodada da Liga Europa:

"Acredito que a própria Rússia tem que lutar contra isso e é claro que você quer que todos sejam ativos sobre isso."

O episódio foi embaraçoso para a Uefa, que declarou esta semana como a "Semana de Ação do Futebol Contra o Racismo na Europa".

A entidade que controla o futebol europeu tem sido criticada pelo sindicato internacional dos jogadores por não cumprir suas próprias diretrizes, em que os árbitros têm o poder de parar e abandonar os jogos em caso de um incidente grave.

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