Um grupo de torcedores com cartazes de protestos contra a corrupção no Brasil foi barrado por representantes da Fifa e da Polícia Militar na porta do Mineirão na tarde deste sábado, antes de a bola rolar para Japão x México pelo Grupo A da Copa das Confederações.
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O professor de informática Geraldo Magela, o assistente jurídico Daniel Lino, o empresário Saulo Lino e o estudante João Marcos portavam cartolinas com dizeres a favor das manifestações que têm ocorrido no País nos últimos dias, mas foram privados de entrar no estádio.
Com ingressos em mãos, os torcedores não conseguiram acesso ao Mineirão por causa dos cartazes, com a alegação de que os objetos seriam "ilegais". Entretanto, um deles mostrou um estatuto dos torcedores com ingresso para a Copa das Confederações que dizia o contrário, permitindo a utilização do apetrecho.
"Isso é um absurdo. Cheguei aqui as 13h e estou até agora", disse Geraldo, que explicou ter abandonado a família do outro lado da arena esportiva para tentar entrar com o cartaz. "Foram chamar um cara do juizado, que nunca apareceu. Estou no meu País e não posso protestar?", disse o torcedor.
Além dos quatro, um outro grupo com cartazes desistiu de esperar e optou por ingressar no Mineirão sem a iniciativa.
Passeata rumo ao Mineirão reúne 25 mil
Do outro lado da cidade, uma marcha com cerca de 25 mil pessoas foi ao Mineirão com faixas de protestos contra os gastos da Copa do Mundo, corrupção e temas como a Pec 37. Existiu a preocupação que entrassem em conflito com a Polícia Militar nos arredores do complexo esportivo.
A manifestação deste sábado promete ser a maior da capital mineira nos últimos dias. Para reforçar a segurança, o governo de Minas Gerais chamou a Força Nacional, que está nas imediações do Mineirão com centenas de homens. Contando com os policiais, 1500 estão espalhados pela cidade.
