Principal jogador do Brasil, Neymar fará sua estreia em Copa do Mundo
Foto: Getty Images
Para buscar o hexacampeonato dentro de casa, Luiz Felipe Scolari não contará com experiência no grupo de 23 jogadores que convocou nesta quarta-feira. São cinco remanescentes da última Copa do Mundo, além de Fred que esteve em 2006. Trata-se de um dos índices mais baixos da história da Seleção Brasileira e o mais baixo desde a convocação de Cláudio Coutinho em 1978.
Júlio César (5 jogos), Daniel Alves (5 jogos), Maicon (5 jogos), Ramires (4 jogos), Thiago Silva (nenhuma partida) e Fred (1 jogo) são os convocados por Felipão que já estiveram em uma Copa com a camisa da Seleção. Juntos, eles totalizam 20 jogos em Mundiais, um ponto que foi ressaltado pelo próprio treinador em sua entrevista nesta quarta. Em 2002, ele levou o pentacampeonato com um time mais maduro.
"Aqueles (de 2002) tinham mais experiência que esses (de 2014). A experiência desses jogadores nas competições que jogam atualmente me faz acreditar que não sentirão muito a diferença de uma liga europeia, de um campeonato forte, para a Copa do Mundo. Sei que, com mais experiência em determinados momentos, é mais importante. Mas confio plenamente nesse grupo de hoje", disse Felipão.
Na Copa de 2002, na realidade, também eram seis remanescentes, mas muito mais rodados que os jogadores de hoje. Cafu e Ronaldo tinham dois Mundiais no currículo, inclusive um título, e Roberto Carlos e Rivaldo haviam participado ativamente na campanha do vice-campeonato de 1998.
Em quase todas as demais conquistas, a experiência era marca forte no grupo de jogadores da Seleção. Em 1994, Carlos Alberto Parreira tinha dez remanescentes do elenco de 90. Já em 70, seis jogadores estavam também em 66, mas também com veteranos como Pelé e Gerson. No Mundial de 62, o grupo era formado por 13 campeões de 1958, ano do primeiro título brasileiro. Ali, sim, um grupo tão inexperiente quanto o atual, com apenas cinco remanescentes de 54.
Felipão sobre convocação de novatos: "gostei mais desses":
Confira a transição de jogadores da Seleção Brasileira entre uma Copa e outra:
Remanescentes de 2010 em 2014: 5 jogadores - Júlio César, Thiago Silva, Daniel Alves, Maicon e Ramires
Remanescentes de 2006 em 2010: 8 jogadores - Júlio César, Lúcio, Juan, Gilberto Silva, Kaká, Robinho, Luisão e Gilberto
Remanescentes de 2002 em 2006: 10 jogadores – Dida, Cafu, Lúcio, Roberto Carlos, Kaká, Ronaldo, Ronaldinho, Rogério Ceni, Gilberto Silva e Ricardinho
Remanescentes de 1998 em 2002: 6 jogadores – Cafu, Roberto Carlos, Ronaldo, Rivaldo, Denílson e Dida
Remanescentes de 1994 em 1998: 7 jogadores - Taffarel, Cafu, Aldair, Dunga, Ronaldo, Leonardo e Bebeto
Remanescentes de 1990 em 1994: 10 jogadores - Taffarel, Jorginho, Dunga, Branco, Romário, Aldair, Müller, Bebeto, Mazinho e Ricardo Rocha
Remanescentes de 1986 em 1990: 7 jogadores – Müller, Careca, Alemão, Mauro Galvão, Branco, Silas e Valdo
Remanescentes de 1982 em 1986: 7 jogadores – Carlos, Oscar, Edinho, Falcão, Júnior, Zico e Sócrates Obs.: Leão
Remanescentes de 1978 em 1982: 9 jogadores – Oscar, Cerezo, Edinho, Zico, Dirceu, Carlos, Batista, Roberto Dinamite e Valdir Peres
Remanescentes de 1974 em 1978: 5 jogadores – Leão, Rivellino, Nelinho, Dirceu e Valdir Peres
Remanescentes de 1970 em 1974: 8 jogadores – Piazza, Marco Antônio, Jairzinho, Rivellino, Paulo César, Edu, Zé Maria e Leão
Remanescentes de 1966 em 1970: 6 jogadores – Brito, Pelé, Gerson, Jairzinho, Tostão e Edu
Remanescentes de 1962 em 1966: 6 jogadores – Gilmar, Djalma Santos, Zito, Pelé, Bellini e Altair
Remanescentes de 1958 em 1962: 13 jogadores – Castilho, Bellini, Djalma Santos, Didi, Zagallo, Zózimo, Pelé, Garrincha, Nílton Santos, Mauro Ramos, Zito, Vavá e Pepe
Remanescentes de 1954 em 1958: 5 jogadores – Castilho, Djalma Santos, Nílton Santos, Didi, Mauro Ramos
Remanescentes de 1950 em 1954: 7 jogadores – Nílton Santos, Bauer, Alfredo, Baltazar, Castilho, Ely e Rodrigues
Remanescentes de 1934 em 1938: 4 jogadores – Leônidas, Luizinho, Martim e Patesko
Remanescentes de 1930 em 1934: 2 jogadores – Carvalho Leitte e Pamplona
Robinho e Kaká (Milan) - Antes destaque, os dois jogadores perderam espaço com a queda no futebol nos últimos anos
Foto: Getty Images
Miranda (Atlético de Madrid) - Destaque no futebol espanhol, foi recentemente até sondado para seguir o caminho de Diego Costa. Com Felipão, teve oportunidade e virou a maior polêmica da convocação, pois é titular e vai jogar a final da Liga dos Campeões pelo Atlético de Madrid
Foto: Getty Images
Phillipe Coutinho (Liverpool) - Sensação do Campeonato Inglês, ficou de fora da lista de Felipão. Tem chances reais de ser o número 10 da Seleção em 2018
Foto: Getty Images
Diego Cavalieri (Fluminense) - Perdeu a disputa com Victor
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Lucas (Paris Saint Germain-FRA) - Teve chances na Seleção, mas nunca conseguiu fazer um grande jogo
Foto: Getty Images
Adriano Correia (Barcelona) - Espécie de 12º jogador de seu clube, ganhou poucas chances desde a estreia de Felipão contra a Inglaterra
Foto: Getty Images
Alan Kardec (São Paulo) - Foi cogitado após conversa de Felipão com Gilson Kleina, mas ficou na especulação. Trocou o Palmeiras pelo São Paulo recentemente
Foto: Getty Images
Alexandre Pato (São Paulo) - Atacante não agarrou a chance que teve com Felipão contra Austrália e Portugal
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Alex Costa (PSG) - Titular absoluto em seu clube, tem histórico de cortes na Seleção e não fez parte do atual ciclo
Foto: Getty Images
Alex Sandro (Porto) - Dono da lateral esquerda do Porto, teve atuações marcantes na Liga dos Campeões e jogou com Mano Menezes.
Foto: Getty Images
Cleiton Xavier (Metalist-UCR) - Camisa 10 de sua equipe, nunca foi lembrado pela Seleção desde a chance com Dunga
Foto: Getty Images
Cristian (Fenerbahce) - Destaque no futebol turco, deixou o Corinthians como ídolo, mas na Seleção não teve espaço
Foto: Getty Images
Danilo (Porto) - Ex-Santos, também joga regularmente no Porto e tem reconhecimento internacional. Jogou Olimpíada com Mano Menezes, mas não conseguiu espaço com Felipão
Foto: Getty Images
Dedé (Cruzeiro) - Zagueiro foi convocado por Felipão algumas vezes, mas perdeu a disputa com Henrique
Foto: AP
Diego (Atlético de Madrid-ESP) - Tido como um dos principais jogadores do Campeonato Alemão, voltou com moral ao Atlético de Madrid e tem jogado bem. Mas não teve tempo para ter uma chance
Foto: Getty Images
Diego Alves (Valencia) - Goleiro com fama de pegador de pênaltis, passou com destaque pela Seleção na era Mano e defende o Valencia no Espanhol
Foto: Getty Images
Diego Tardelli (Atlético-MG) - Muitos pediram sua convocação, mas ele sequer foi convocado
Foto: Bruno Cantini/Atlético-MG / Divulgação
Douglas Costa (Shakhtar-UCR) - Chamado pelo Brasil em 2010, se mantém como uma das principais figuras de sua equipe. Foi especulado no Manchester United
Foto: Getty Images
Fábio (Cruzeiro) - Torcida cruzeirense queria o goleiro, mas ele não ficou nem perto de ser lembrado
Foto: Washington Alves / Light Press
Felipe Melo (Galatasaray) - Adorado pela torcida de sua equipe, carrega o fardo de vilão da Copa 2010
Foto: Getty Images
Fernando (Shakhtar) - Comprado a peso de ouro, ainda não se firmou em seu novo clube e perdeu espaço apesar do título da Copa das Confederações
Foto: Getty Images
Filipe Luís (Atlético de Madrid) - Entre os melhores laterais do futebol espanhol, perdeu espaço na Seleção desde a Copa das Confederações
Foto: Getty Images
Ganso (São Paulo) - Está com dificuldades até de jogar no São Paulo e foi de, aposta certa de Mano, a nome fora da lista sem contestação
Foto: Mowa / Divulgação
Giuliano (Dnipro-UCR) - Candidato à estrela do futebol brasileiro quando venceu a Libertadores 2010 pelo Inter, se escondeu na Ucrânia e perdeu espaço. Por lá, porém, é ídolo
Foto: Getty Images
Jean (Fluminense) - Teve bastante chance com Mano Menezes, mas perdeu espaço com Felipão
Foto: Photocamera / Divulgação
Jonas (Valencia-ESP) - Entre os principais jogadores de sua equipe, chegou a ser chamado regularmente por Mano. Mas com Felipão não teve chances
Foto: Getty Images
Juan Jesus (Inter de Milão) - Zagueiro do Brasil na Olimpíada e titular absoluto na Itália, sumiu na Seleção
Foto: Getty Images
Jucilei (Al Jazira-EMI) - Era destaque no Anzhi-RUS, mas trocou de clube em função do desmanche promovido em seu ex-time
Foto: Getty Images
Leandro Castán (Roma-ITA) - Campeão da Libertadores pelo Corinthians, é jogador regular no futebol italiano. Mais um que foi bastante usado por Mano
Foto: Getty Images
Lucas Leiva (Liverpool) - Ganhou chance, mas não segurou vaga
Foto: Mowa Press / Divulgação
Leandro Damião (Santos) - Não se encontrou no Santos e, desde o corte por lesão da Copa das Confederações, não foi mais chamado
Foto: Ivan Storti/Santos F.C. / Divulgação
Mario Fernandes (CSKA Moscou-RUS) - Elogiado por Felipão em algumas entrevistas, o lateral e ex-zagueiro tinha vaga esperança por uma chance, mas não foi lembrado apesar do bom trabalho na Rússia
Foto: Getty Images
Marquinhos (Paris Saint-Germain-FRA) - Corria por uma chance na zaga, mas ficou de fora. Foi comprado por mais de 30 milhões de euros
Foto: Getty Images
Michel Bastos (Roma-ITA) - Titular na Copa passada, só atua em time grande na Europa. Acaba de deixar o Schalke para atuar no futebol italiano
Foto: Getty Images
Rafinha (Bayern de Munique) - Foi testado contra a Àfrica do Sul, mas ficou de fora
Foto: Jefferson Bernardes / Vipcomm
Rafael (Manchester United) - Melhor lateral da última edição do Inglês, ficou marcado pela derrota na Olimpíada de Londres
Foto: Getty Images
Ralf (Corinthians) - Recebeu pedidos por sua convocação ao longo dos últimos anos, mas com a pressão já menor não foi mais lembrado
Foto: Bruno Santos / Terra
Réver (Atlético-MG) - Zagueiro se contundiu neste ano e complicou suas chances de Copa
Foto: Bruno Cantini/Atlético-MG / Divulgação
Ronaldinho (Atlético-MG) - Caiu muito de produção e a sua ausência está longe de ser polêmica. Jogou a estreia de Felipão
Foto: Getty Images
Sandro (Tottenham) - Tem status de ídolo em seu clube, mas perdeu espaço na Seleção desde a Olimpíada