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Terra na Copa

Brasil ultrapassa África do Sul em tráfego de dados na Copa

24 jun 2014 - 17h47
(atualizado às 17h51)
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A alta tecnologia chega de vez ao mundo do futebol. De acordo com o diretor de tecnologia da empresa Match IT, que presta serviços à Fifa, até agora o Brasil consumiu na Copa do Mundo mais dados do que em toda a Copa do Mundo da África do Sul em 2010. Ele não falou em números exatos de tráfego de dados, mas deu um exemplo. “No dia 16 de junho tivemos, nos três jogos, 16.504 aparatos conectados ao mesmo tempo na rede Wi-Fi da Copa”, disse, confirmando que nos dez primeiros dias de Copa foram gerados mais de 32 terabytes de tráfego.

Mas esse número no final deve ser ainda maior. O estudo chamado Mobility Report, produzido pela Ericsson, revela que, em comparação com os dias de hoje, um usuário de 2019 deverá consumir dez vezes mais a quantidade de dados móveis utilizados atualmente. Na América Latina, esse crescimento deve ser nove vezes maior do que a demanda atual. Levando em conta que das nove seleções da Copa do Mundo, sete latino-americanas já estão na próxima fase, o interesse do público da região deve aumentar e muito ainda nos dias de hoje.

De acordo com o estudo da Ericsson, atualmente são consumidos globalmente mais de 3 GB por mês em conexões em computadores portáteis. Em 2019, essa quantidade saltará para 13 GB. Nos tablets, hoje são utilizados 1,4 GB por pessoa e em cinco anos esses números vão chegar a 6,3 GB. Em celulares, esse crescimento será de 0,65 GB para 2,5 GB no mesmo período. Outra tendência levantada pelo estudo é a do aumento do uso de conteúdo em formato de vídeo e a expectativa é que o tráfego cresça até 13 vezes até 2019.

Na comparação com a África do Sul, Dick Wiles disse que a situação do Brasil em termos de tecnologia é bem diferente da encontrada há quatro anos. “Toda Copa do Mundo é diferente. Lá foi singular porque começamos do zero para conectar todos os estádios. Aqui a situação era juntar quebra-cabeças entre vários parceiros. Foi um modelo de integração diferente. Mas no Brasil os elementos já existiam e apenas tivemos que integrá-los em uma solução completa”, confirmou.

Sobre os problemas que teve para testar todo o funcionamento mesmo com vários estádios inacabados (inclusive o da abertura em São Paulo), Wiles foi simpático com o País. “Até o primeiro jogo trabalhamos com infraestrutura que não tinha sido totalmente testada. Mas pela experiência que temos, e dos parceiros, e pela capacidade técnica, conseguimos fazer tudo sem grandes problemas. Mas o risco é sempre grande pela falta de testes suficientes”, comentou.

Sobre o funcionamento da tecnologia 4G/LTE, um dos grandes desafios que o País teve desde a Copa das Confederações, Dick Wiles não se mostrou totalmente satisfeito com o que viu. “O País teve a oportunidade de alavancar o uso da tecnologia em alguns casos. A concentração da cobertura (do sinal) ainda precisa estar madura. Nas áreas onde trabalhamos, a verdade é que poderia ser melhor”, disse afirmando ter tido problemas em algumas sedes. “Mas sem dúvida alguma deixamos algum legado. Manaus, por exemplo, hoje está totalmente ligada ao resto do País com alta tecnologia.”

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Fonte: Terra
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