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Brunoro dispara contra Paulo Nobre: "tem de amadurecer"

15 dez 2014 - 12h23
(atualizado às 16h21)
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Fora do Palmeiras há uma semana, José Carlos Brunoro listou os problemas que o incomodaram no segundo ano de trabalho na gestão de Paulo Nobre, quem ele diz que precisa amadurecer. Recém-demitido, o ex-diretor-executivo voltou a lamentar o fato de não ter autonomia, mas mostrou incômodo com a forma de pensa da cúpula, que só queria "não gastar" dinheiro, e decidiu trazer Ricardo Gareca quando o seu favorito era Vanderlei Luxemburgo.

Palmeiras: Nobre anuncia mudança e extingue cargo de Brunoro:

O Gareca era um cara que agradava todo mundo no clube, então politicamente a vinda dele seria importante para unir mais. Outros tinham rejeição. Eu não dei opinião, porque nem o conhecia. Sempre gostei do Vanderlei e queria ele. Senti na nossa conversa que ele estava motivado para vir e que poderia dar certo. Sei que ele ficou chateado por fazermos entrevista com ele, mas na verdade o que fomos discutir era sobre comissão técnica e objetivos da equipe", contou Brunoro, em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo.

Durante o primeiro ano da gestão de Nobre, o ex-diretor conta que o futebol era tocado basicamente por ele, o presidente, e o gerente de futebol, Omar Feitosa. No segundo ano, Brunoro lamentou pelo fato de os dois primeiros vices, Maurício Galiotte e Genaro Marino, terem também entrado na discussão sobre o planejamento do time:

"Ficou muita gente para decidir as coisas. Várias vezes eu chegava em casa querendo largar tudo, e deveria ter saído, mas durante toda a minha vida nunca pedi para sair", acrescentou.

Entre as posturas que incomodaram Brunoro estavam o alto valor pedido para acerto com um patrocinador master (entre R$ 25 e R$ 30 milhões), que não apareceu durante todo o primeiro mandato, e o fato de Nobre esticar muito as negociações, tornando-as novelas, como no caso de Alan Kardec, que foi para o São Paulo. Brunoro, por exemplo, chegou a acertar a renovação do camisa 14, mas o pedido do presidente em diminuir a oferta em R$ 5 mil atrapalhou o acordo.

"Eu não concordava com o preço do patrocínio, a gente pedia um valor muito alto e não aceitava reduzir. Discordava na demora na hora de acertar um contrato, porque tudo virava novela. E tem algumas coisas que na visão da diretoria eram consideradas custo, e eu via como investimento. Por exemplo, a categoria de base. Queriam cortar custos na base e eu achava que tinha de investir mais, pois teríamos retorno. Essas situações foram difíceis colocar na cabeça das pessoas. Acho um absurdo o marketing do Palmeiras trabalhar com três pessoas para atingir 16 milhões de torcedores e sem ter investimento. A única preocupação era não gastar. Tudo para eles era gasto", reclamou.

Demitido junto com gerente Omar Feitosa, Brunoro não fará parte do segundo mandato de Nobre, já que sua função foi extinta, e o clube preferiu buscar um diretor só para o futebol - Alexandre Mattos, do Cruzeiro. Para ter sucesso e evitar os problemas de 2014, o ex-membro da cúpula diz que o presidente precisa amadurecer, e ouvir as pessoas certas.

"Ele precisa amadurecer. Conversei bastante com ele. O Paulo (Nobre) passou por muita coisa e durante toda a vida teve autonomia para fazer o que quisesse, mas chegou em um modelo político bem complicado. O Paulo precisa ter equilíbrio e saber que tem muitas pessoas que podem ajudá-lo. Ele só precisa ouvir as pessoas certas e ficar em alerta, porque algumas podem prejudicar o trabalho dele", encerrou.

Fonte: Lancepress! Lancepress!
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