Um campeonato de cabeça para baixo
Tudo bem que só foram disputadas três rodadas. De todo modo, seria muito pouco provável, dias atrás, que alguém pudesse apostar no Atlético-MG como líder isolado da competição depois de jogar três vezes. Ou então que o Grêmio estivesse n zona de rebaixamento do Brasileiro, com apenas um ponto, em 18º lugar, ao lado de Avaí e Vasco.
Mais ainda; que o Grêmio tivesse a defesa mais vazada do campeonato, com oito gols sofridos – número que se concretizou com a derrota por 5 a 4, para o Fluminense, na noite desse domingo, em Porto Alegre.
Para quem defende que existe lógica no futebol, há outras surpresas nesse início de Brasileiro que chamam a atenção. Se a competição terminasse hoje, Bahia (em 5º) e Botafogo (em 6º) estariam classificados para a pré-Libertadores de 2020.
Além disso, a tabela mostra outras aberrações: o favoritíssimo Flamengo, por exemplo, ocupa somente a 9ª posição, enquanto seu rival Corinthians está em 11º.
Essa imprevisibilidade inicial do Brasileiro tem a ver, em parte, com a presença de grandes clubes num momento importante da Libertadores. No meio desta semana, Flamengo e Grêmio vão tentar se manter na competição.
O time carioca precisa trazer ao menos um empate do Uruguai, onde enfrentará o Peñarol. Já o Tricolor gaúcho também se garantirá com um empate (contra a Universidad Católica, do Chile), com a vantagem de atuar em seu estádio, no Sul.
Como Palmeiras, Internacional, Cruzeiro e Athletico-PR já asseguraram vaga nas oitavas de final da Libertadores, tudo indica que a opção de seus treinadores por escalar times alternativos no Brasileiro (casos também de Flamengo e Grêmio) deve ser uma prática que continuará por, no mínimo, várias semanas (ou meses).