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Último técnico pré-Crefisa, Dorival fala sobre evolução do Palmeiras nos últimos anos

17 fev 2019 - 12h03
(atualizado às 12h03)
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Os últimos quatro anos do Palmeiras contaram com elencos repletos de opções e resultados positivos em campo, inclusive com títulos importantes. Porém, há cinco temporadas, o torcedor do Verdão vivia um dos maiores dramas da sua história recente, escapando do rebaixamento apenas na última rodada. O técnico naquele ano de 2014 era Dorival Júnior, que acabou sendo demitido após a última rodada do Campeonato Brasileiro.

Em entrevista exclusiva à Gazeta Esportiva, o treinador falou sobre sobre a evolução do Palmeiras nos últimos anos, potencializada pelo dinheiro vindo do patrocínio da Crefisa a partir de 2015. Segundo ele, a sequência de anos negativos no clube, com o rebaixamento em 2012 e o susto em 2014, foi importante para que a direção revesse alguns conceitos.

"Acho que o tempo foi fazendo com que se aprendesse. A diretoria do Palmeiras se fortaleceu e buscou um novo caminho, foi revendo alguns conceitos e montou um grande trabalho a partir de 2015 com a conquista da Copa do Brasil. Isso fez com que o clube tenha um dos melhores elencos do futebol brasileiro, a cada ano sendo melhorado, com reposições muito rápidas para as perdas de jogadores", apontou Dorival.

"Quando você mantém uma estrutura do grupo, é natural que a resposta seja muito mais positiva do que nos anos anteriores. A direção do Felipão faz com que tudo isso ande de maneira harmônica, gerando resultados cada vez melhores em uma evolução constante", complementou. 

O treinador relembrou o fim de ano estressante à frente do Palmeiras na temporada de 2014. Segundo ele, o elenco inchado foi um dos grandes problemas que teve de enfrentar na luta contra o rebaixamento.

"Não é fácil, já vivenciei isso no Atlético-MG, no Palmeiras, no Fluminense e no próprio São Paulo em 2017. Não são situações simples, cada um com a sua particularidade. O Palmeiras naquela ocasião tinha 46 jogadores dentro do seu vestiário, nós tínhamos 8 jogadores estrangeiros enquanto podíamos contar com apenas 5″, comentou o ex-comandante.

Mesmo com o número excessivo de jogadores no clube, Dorival diz que encontrou dificuldades para repôr algumas perdas por lesão durante a temporada e que atletas da categoria de base foram muito úteis neste processo. Em 2014, jogaram pelo Palmeiras os então jovens zagueiro Nathan, o lateral-direito João Pedro e o lateral-esquerdo Victor Luís.

"Em uma ou outra posição, devido a lesões de jogadores, não tínhamos uma reposição com jogadores aptos e preparados para aquele momento. Nós lançamos vários garotos da categoria de base, o que nos deu uma vida", contou o treinador.

Tendo dirigido o Verdão por 20 partidas, Dorival conseguiu seis vitórias, cinco empates e nove derrotas, tendo um aproveitamento de 38,33% dos pontos disputados. Naquele Campeonato Brasileiro, o clube terminou na 16ª colocação, com 40 pontos somados, apenas dois à frente do primeiro da zona de rebaixamento, o Vitória. Mesmo com o sufoco, o técnico acredita acredita que o seu trabalho e a base da equipe que montou foram importantes para o sucesso do time nos anos seguintes.

"As dificuldades foram grandes, mas eu fico feliz de ter ajudado o Palmeiras naquele instante dentro das minhas condições, daquilo que eu pude apresentar. Aquilo foi um diferencial para a vida do clube e a manutenção daquela equipe do Campeonato Brasileiro daquele ano fez com que uma reviravolta acontecesse, um novo modelo de time para a temporada que vem surgisse, dando início a muitas conquistas", opinou o treinador.

* especial para a Gazeta Esportiva

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