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Presidente de Federação diz que protesto do Bom Senso é "teatro"

14 nov 2013 - 17h31
(atualizado às 18h31)
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Evandro diz que Pernambuco deu exemplo ao adiar entrada dos três grandes no Estadual
Evandro diz que Pernambuco deu exemplo ao adiar entrada dos três grandes no Estadual
Foto: Hildo Neto / Divulgação

O presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF-PE), Evandro Carvalho, considera que os protestos feitos por jogadores no início das partidas desta rodada da Série A deveriam ser punidos com cartões amarelos pelos árbitros por atitude antidesportiva.

Um dos dirigentes mais ligados ao atual comando da Confederação Brasileira de Futebol, ele afirma que outros cartolas se esquivam dessa polêmica quando questionados pela imprensa, mas que essa opinião crítica em relação à mobilização dos atletas é um discurso uníssono entre os comandantes das entidades estaduais.

Para ele, os protestos capitaneados pelo Bom Senso Futebol Clube parecem mais um movimento político, “na medida em que eles se omitem de buscar uma solução técnica e ficam fazendo esse teatro”.

Os atletas de São Paulo e Flamengo trocaram bola durante quase um minuto após o início da partida vencida por 2 a 0 pelo time paulista, enquanto em diversos outros jogos os atletas cruzaram os braços e ficaram parados também para demonstrar o apoio à mobilização que defende férias de 30 dias, mais tempo de pré-temporada e outras melhorias.

“Eu poderia resumir em uma frase. Uma causa justa de aprimorar o calendário que é comum a todos (jogadores, patrocinadores, dirigentes, a detentora dos direitos de transmissão), mas uma forma injusta de defendê-la e uma conduta desrespeitosa dos atletas em relação aos torcedores que pagaram para assistir futebol no estádio ou através da TV por assinatura”, ataca o dirigente, lembrando que futuramente os clubes poderiam ter de se defender na Justiça caso os consumidores do futebol buscassem seus direitos.

Para Evandro, a reivindicação dos jogadores deve ser feita no âmbito da relação trabalhista. Ou seja, primeiro os jogadores têm de se organizar para firmar contratos com limitação do número anual de jogos, para que posteriormente a discussão seja travada entre os dirigentes das federações e representantes dos times. Ele fez questão ainda de dizer que não conhece nenhum contrato que preveja esse tipo de regulamento no nosso futebol.

O dirigente lembrou que falou em relação aos árbitros do quadro da FPF que “quem tem medo de pressão deveria ser guia turístico em Fernando de Noronha”. Questionado sobre a repercussão positiva dos protestos nas redes sociais, Evandro Carvalho disse ter certeza de que se o Bom Senso Futebol Clube insistir “com mais uma ou duas ações dessas” (que na opinião dele lesam o torcedor que pagou para assistir o espetáculo) iria gerar a revolta da torcida contra os atletas.

Fonte: Brisa Comunicação e Arte - Especial para o Terra Brisa Comunicação e Arte - Especial para o Terra
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