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Nas finanças, paulistas são as "ameaças" a Palmeiras e Fla

Para o especialista no tema, César Grafietti, São Paulo e Corinthians são os únicos com chances de alcançar o nível econômico dos rivais

17 jul 2019 - 08h02
(atualizado às 10h51)
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Nas finanças do futebol brasileiro, a dominância de Palmeiras e Flamengo permanece intacta. É o que mostra a Análise Econômico-financeira do Itaú BBA, divulgada nesta terça-feira, que tem o clube alviverde e o rubro-negro como os detentores das maiores receitas do país (números de 2018), dentre os 27 principais clubes nacionais. Na sequência, estão São Paulo e Corinthians, que, para o especialista César Grafietti, também são os únicos com chances de alcançar o nível econômico dos rivais, embora estejam desperdiçando seus potenciais de crescimento.

Dudu, do Palmeiras, durante partida contra o Flamengo, válida pela trigésima primeira rodada do Campeonato Brasileiro 2018
Dudu, do Palmeiras, durante partida contra o Flamengo, válida pela trigésima primeira rodada do Campeonato Brasileiro 2018
Foto: Wagner Assis/Go Sport Images/Gazeta Press

"Naturalmente, Corinthians e São Paulo são os clubes com maior potencial. Por estarem muito abaixo de suas capacidades, mas que, com algum ajuste, não tão grande, conseguem se resolver. O Grêmio já passou deste estágio. Mas, considerando a distância natural entre um time que é mais regional e clubes mais nacionais, como Palmeiras e Flamengo, acho que vai chegar próximo, mas certamente nunca vai colar nesses dois", apontou.

O problema é que as receitas obtidas por Tricolor e Timão (R$ 399 e R$ 389 milhões, respectivamente), em 2018, estão bem abaixo das obtidas por Palmeiras (R$ 654 milhões) e Flamengo (R$ 536 milhões). Para o consultor do Itaú, a saída para os dois clubes paulistas seria vender melhor suas respectivas marcas, além de, com um ajuste de gastos, voltar a conquistar resultados positivos dentro de campo.

"Primeiro, do ponto de vista de receita, a necessidade é conseguir rentabilizar melhor sua marca. Por exemplo, muitos clubes perderam publicidade no ano passado. São Paulo e Corinthians são os exemplos mais claros, porque possuem um terço das receitas de publicidade de Palmeiras e Flamengo. Não me parece que seja esta a distância entre as marcas, em termos de apelo junto ao torcedor e ao consumidor", sugeriu.

"Depois, é controlar gastos de uma forma que você tenha mais eficiência com os gastos que você tem. Não faz sentido um clube, por exemplo, gastar tanto quanto o São Paulo e não conquistar nada. Tem alguma coisa errada. Conforme você consegue ajustar mais o nível de gastos, você consegue melhorar o desempenho dentro de campo, trazer mais investidores, mais interessados em associar a marca ao clube e, assim, você consegue crescer", completou.

O que é a Análise Econômico-financeira do Itaú BBA:

A Análise Econômico-financeira dos Clubes Brasileiros é um balanço anual realizado pelo Itaú BBA, que engloba, há uma década, informações públicas das contas dos maiores clubes do país (no balanço de 2018, a exceção foi o CSA). O estudo é baseado nas receitas e nos gastos totais das instituições ao longo de um ano, as quais permitem ao torcedor entender melhor a estrutura financeira de seu respectivo time, dos rivais e dos demais, em meio ao cenário nacional.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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