2ª rodada tem três portões fechados, menos gols e mais sono
Depois de um início pouco empolgante, o Campeonato Brasileiro segue em marcha lenta. A segunda rodada da principal competição do País conseguiu ser ainda mais sonolenta que a primeira: houve nada menos que três partidas disputadas com portões fechados por causa de punições aos clubes, e a média de gols despencou de 2,8 para apenas 1,7 por jogo. De positivo, alguns duelos mais movimentados como Flamengo x Sport e Atlético-MG x Fluminense. Veja aqui todos os resultados e abaixo um resumo do fim de semana:
Nem um, nem dois... foram três jogos sem torcida
Dos dez jogos da rodada, três não tiveram torcida por causa de punições aos clubes mandantes: Goiás 2 x 0 Atlético-PR, no Serra Dourada; Ponte Preta 1 x 0 São Paulo, no Moisés Lucarelli; Joinville 0 x 0 Palmeiras, na Arena Joinville. Um cenário melancólico, que empobreceu bastante a festa que deveria ser o maior torneio de futebol do Brasil. Além disso, outros dois times também tiveram que mandar seus jogos longe de casa por conta de sanções do STJD: o Corinthians venceu a Chapecoense por 1 a 0 em Araraquara, e o Atlético-MG fez 4 a 1 no Fluminense em Brasília. Ou seja, nada menos que metade dos jogos aconteceu sem que os mandantes pudessem contar com o apoio total ou parcial de sua torcida.
Média de gols cai, e sonolência sobe
Se um dos pontos positivos da primeira rodada foi a boa média de gols, com 2,8 bolas na rede por jogo, desta vez o marasmo tomou conta de boa parte da rodada. Com média de apenas 1,7 gol por partida, a segunda jornada do Brasileiro deu sono em boa parte dos torcedores. Apenas a goleada do Atlético-MG por 4 a 1 sobre o Fluminense e o eletrizante empate entre Flamengo e Sport por 2 a 2 tiveram mais de dois gols. Algumas partidas até foram animadas e de boa qualidade, apesar do placar baixo – caso de Santos 1 x 0 Cruzeiro –, mas a maioria dos jogos foi sofrível. O que dizer de Figueirense x Vasco e Joinville x Palmeiras, dois 0 x 0 jogados em ritmo de treino?
Com polêmica, Flamengo x Sport é o destaque positivo
A "eterna" rivalidade entre Flamengo e Sport pela condição de campeão brasileiro de 1987 voltou à tona no duelo entre os dois times no Maracanã, talvez o melhor jogo da rodada. Além das emoções em campo – os pernambucanos abriram 2 a 0 fora de casa, mas os cariocas conseguiram buscar o empate –, houve polêmica quando Diego Souza comemorou seu gol de pênalti apontando para o número de sua camisa, o 87, para provocar a torcida flamenguista. No fim, o meia-atacante teve até que quebrar o galho como goleiro do Sport, depois que Magrão saiu lesionado e o time já havia feito todas as substituições. Ele ainda tomou um gol de Everton, mas não teve culpa no lance. Jogaço!
Após eliminações na Libertadores, só um time reserva em campo
Também é válido ressaltar que, ao contrário do festival de "mistões" da primeira rodada, desta vez apenas o Internacional colocou uma equipe reserva em campo. E fez um jogo bem fraco com o Avaí, ganhando por 1 a 0 em casa graças a um gol de Vitinho, que saiu do banco para marcar. Já o único outro time brasileiro ainda vivo na Libertadores, o Cruzeiro, colocou seus titulares para tentar superar o Santos na Vila Belmiro – perdeu por 1 a 0, mas fez uma das poucas boas partidas da rodada. Quem não conseguiu reagir bem à eliminação no torneio continental foi o São Paulo, que, mesmo com os titulares, teve atuação medonha contra a Ponte Preta e perdeu por 1 a 0.
Com 28 mil no Maracanã, média de público sobe um pouco
O belo jogo entre Fla e Sport no Maracanã teve pouco mais de 28 mil torcedores e foi o grande responsável por fazer a média de público do Brasileiro subir um pouco: a segunda rodada teve 13.420 por partida (tirando da conta os três jogos com portões fechados), contra 12.261 da jornada anterior. Ainda assim, o número é bastante discreto. A partida com menos público foi Santos 1 x 0 Cruzeiro, na Vila Belmiro, que contou com 7.246 pagantes.