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Espanha foge do agito de 2013 e aposta em reclusão no Caju
Na última vez em que a seleção espanhola esteve no Brasil, a repercussão foi tão grande fora do campo quanto dentro. A passagem dos campeões mundiais pelo País na Copa das Confederações do ano passado foi marcada por polêmicas que envolviam a presença de jogadores em baladas e até um escândalo com prostitutas em um hotel de Fortaleza. Para a Copa do Mundo, porém, a lição foi aprendida e o agito ficou para trás.
A concentração promete ser total para os comandados de Vicente del Bosque na preparação em Curitiba. Os atletas estão alojados no CT do Caju, do Atlético-PR, que fica a cerca de 18 km do centro da capital paranaense. Localizado na Estrada do Ganchinho, no bairro do Umbará, o local tem estrutura moderna e equipada, mas o entorno é carente, com a rede de esgoto atendendo apenas 49% das casas e problemas de infraestrutura. Bem diferente do rebuliço que esperava os jogadores em outros centros do Brasil em 2013.
Os espanhóis devem praticamente viver no CT durante toda a Copa, já que não há atrativos comerciais, gastronômicos ou festivos nas proximidades. Já dos muros para dentro, existe praticamente outra cidade, com oito campos de futebol, dois hotéis, dois restaurantes de cozinha internacional e quadras de tênis, para citar alguns luxos.
Em torno do CT, a segurança reforçada pelo Exército aumenta a sensação de que a Espanha será, nesta Copa do Mundo, uma equipe muito mais fechada e focada do que aquilo que foi presenciado durante a Copa das Confederações. O número de soldados armados é grande nas ruas vizinhas ao local onde a delegação está instalada, e o efetivo permanecerá fazendo o perímetro até o final do Mundial.
A Espanha deixa Curitiba nesta semana rumo a Salvador para fazer sua estreia contra a Holanda na sexta-feira, mas voltará ao seu "quartel-general" no CT do Caju após cada partida – o terceiro jogo da fase de grupos, aliás, é na capital paranaense, contra a Austrália. Desta vez, para os detentores do título mundial, falta de concentração não pode ser desculpa para um eventual fracasso.
