Entidade aciona recurso no STJD pedindo pena máxima a Dudu e retratação pública a Leila
União Brasileira de Mulheres, responsável pela denúncia no STJD, pediu que o atacante do Atlético-MG recebe a pena máxima no caso.
A União Brasileira de Mulheres entrou com recurso na 5ª Comissão Disciplinar do STJD, nesta terça-feira, pedindo pena máxima para Dudu na denúncia de misoginia contra a presidente do Palmeiras, Leila Pereira.
O órgão pede a suspensão do atacante do Atlético-MG por 10 jogos, ao invés de seis, e o aumento de multa de R$90 mil para R$100 mil.
A UBM, entidade sem fins lucrativos que luta pelos direitos das mulheres, foi responsável pela primeira denúncia no STJD, em seguida ofertada pela Procuradoria e, por isso, está à frente do processo, tendo Leila como parte interessada.
Além disso, a entidade ainda propõe uma retratação pública de Dudu para a presidente Leila Pereira e para todas as mulheres, de forma coletiva, e a participação do jogador em campanhas afirmativas e educativas que sejam realizadas pela CBF sobre o enfrentamento da violência contra a mulher e o discurso de ódio.
Caso não mude o resultado com o recurso na 5ª Comissão Disciplinar, o órgão subirá para o Pleno do STJD.
Inicialmente, a 5ª Comissão Disciplinar, no dia 18 de julho, aplicou seis jogos de suspensão para Dudu e a multa de R$90 mil pela infração do artigo 242 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva.
A penalidade teve efeito imediato, portanto, deixou o atacante de fora do duelo contra o Palmeiras, no Allianz Parque.
Entretanto, a defesa de Dudu entrou com efeito suspensivo no dia do julgamento, mas só recebeu uma resposta do STJD na segunda-feira, após a partida. O órgão decidiu conceder efeito suspensivo parcial, retirando o pagamento da multa de R$90 mil, mas mantendo a punição nos cinco jogos restantes.
Dudu ainda pedirá reconsideração do efeito suspensivo para poder entrar em campo pelo Atlético-MG. Ele aguarda julgamento do recurso no Pleno do Tribunal, sem data marcada.
