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Diego Hypólito em "Gigantes para Gigantes": uma jornada de dor, superação e glória olímpica

Ex-campeão conta como enfrentou agressões, fome, lesões e preconceito até conquistar a tão sonhada medalha olímpica.

17 jul 2025 - 17h05
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Diego Hypolito com Carol Barcellos
Diego Hypolito com Carol Barcellos
Foto: Divulgação / Esporte News Mundo

Diego Hypólito, primeiro brasileiro a conquistar um ouro mundial na ginástica artística e medalhista olímpico, foi o convidado do segundo episódio do videocast Gigantes para Gigantes, apresentado por Carol Barcellos. No programa, que mistura confissão e memória, o ginasta expõe com crueza e emoção os bastidores de uma carreira marcada por dor, coragem e superação.

Aos 11 anos, já dizia em entrevistas que seria campeão mundial e medalhista olímpico — sonho profético que realizou com disciplina. Mas o caminho foi brutal: sem comida em casa, andava a pé do Flamengo até a Lagoa para treinar. Em uma das cenas mais fortes do episódio, ele relembra o dia em que só conseguiu se alimentar porque a mãe dissolveu uma lata de leite condensado com água, emprestada por uma vizinha. "Tudo isso me fez valorizar demais os treinos", contou.

Em Pequim 2008, Diego chegou como favorito ao ouro no solo, mas caiu durante a final. O erro técnico foi seguido por um trauma emocional profundo — sofreu agressões físicas nas ruas, virou alvo de deboche nacional e enfrentou a própria sombra. "Cheguei a apanhar porque caí nos Jogos Olímpicos. Eu não era um criminoso", desabafou.

O drama se repetiu em Londres 2012, com novo tombo no solo, desta vez com o agravante de múltiplas lesões. Em silêncio, Diego competia com os dois pés comprometidos e, mais tarde, revelaria que chegou aos Jogos do Rio, em 2016, com duas fraturas na coluna. "Era cruel comigo mesmo. Já sabia que não daria certo, mas insistia", recorda.

Com apoio limitado de dirigentes, ele só garantiu presença na Olimpíada do Rio por acreditar em si mesmo — e em figuras-chave como Henrique Mota, hoje presidente da Confederação Brasileira de Ginástica. No tablado carioca, diante da torcida brasileira, executou uma prova impecável e conquistou a sonhada medalha de prata, enfrentando de frente os fantasmas de Pequim e Londres. "Minha primeira acrobacia foi a que caí de cara em Londres. A segunda, a que caí de bunda em Pequim. Enfrentei todos os meus fantasmas."

Mas o programa não se resumiu à ginástica. Diego também revelou que faliu durante a pandemia e chegou a ser despejado. "Perdi tudo, menos minha saúde." Hoje, ele se reinventa como empresário, palestrante e apresentador, preparando a estreia de um novo programa dirigido por Marlene Mattos. Também comove ao contar que Ronaldo Fenômeno financiou a primeira viagem internacional da irmã, Daniele Hypólito, iniciando a trajetória internacional da família na ginástica.

A entrevista, publicada no canal do YouTube da Globo, é um retrato sincero de um atleta que, apesar de inúmeras quedas — físicas e emocionais — se reergueu até virar símbolo de resistência e fé no próprio talento. Diego Hypólito não só inspirou uma geração de ginastas, como também ensinou ao país que cair faz parte — levantar é o que o torna gigante.

Esporte News Mundo
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