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Da base ao profissional: SAF do Atlético soma fracassos e rebaixamentos

O Atlético-MG foi rebaixado no Campeonato Brasileiro Sub-20 depois de ter a categoria de base completamente sucateada pelos donos da SAF. O clube, inclusive, também disputou a segunda divisão do Campeonato Brasileiro Feminino em 2025, após ter sido rebaixado no ano anterior. Na temporada passada, terminou na última colocação da tabela, somando apenas um ponto […]

16 jul 2025 - 20h56
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CT do Atlético-MG.
CT do Atlético-MG.
Foto: Pedro Souza / CAM / Esporte News Mundo

O Atlético-MG foi rebaixado no Campeonato Brasileiro Sub-20 depois de ter a categoria de base completamente sucateada pelos donos da SAF. O clube, inclusive, também disputou a segunda divisão do Campeonato Brasileiro Feminino em 2025, após ter sido rebaixado no ano anterior. Na temporada passada, terminou na última colocação da tabela, somando apenas um ponto em 15 partidas — um desempenho vergonhoso que culminou no rebaixamento inevitável. O vexame se estende também ao elenco profissional masculino, que só conseguiu escapar do rebaixamento no Campeonato Brasileiro de 2024 na última rodada.

A pergunta que fica, então, é o que Rubens e Rafael Menin, junto de todos os outros participantes da SAF, enxergam de positivo na era do Galo como clube-empresa. A realidade é que o Atlético se tornou um exemplo de fracasso em praticamente todas as frentes, incluindo, por exemplo, a gestão financeira.

O Galo vive em uma espiral de tragédias. O clube acumula uma dívida monumental que, do ponto de vista da saúde financeira, permanece sem solução efetiva. Para tentar tapar os buracos, o Atlético se vê obrigado a vender praticamente qualquer jogador que apresente um mínimo de destaque no elenco, com exceção de Hulk e Everson. Os raros atletas formados na base que conseguem se desenvolver e se tornar peças úteis no time principal acabam negociados na primeira oportunidade. Nos últimos anos, Sávio, Alisson Santana e, mais recentemente, Rubens foram descartados "a preço de banana."

Os donos da SAF, por incrível que pareça, ainda não perceberam que o modelo de negócio adotado simplesmente não está funcionando. O clube está "enxugando gelo" com as vendas desses atletas — o dinheiro arrecadado não é suficiente para cobrir os rombos financeiros. E o problema se agrava porque o Atlético nem sequer detém o controle total sobre os direitos econômicos de muitos jogadores. A venda de Rubens, por exemplo, renderá ao clube apenas cerca de 80% do valor obtido na negociação. Cuca chegou a fazer um pedido público para que o meia não fosse vendido, mas foi sonoramente ignorado.

É extremamente difícil apontar algum ponto positivo da era SAF no Galo. O clube atrasou o pagamento de salários do elenco profissional, mais um quesito humilhante para os empresários que comandam um clube-empresa. Talvez o principal aspecto que possa ser elogiado tenha sido a introdução de uma coletiva de imprensa para tratar do modelo de Sociedade Anônima. A ideia era positiva, mas a execução foi péssima, gerando mais críticas do que aplausos tanto por parte dos jornalistas quanto da torcida.

Dentro de campo, o Atlético se prepara para jogar os playoffs de repescagem da Sul-Americana depois de ter se mostrado incapaz de liderar a fase de grupos do torneio de segundo escalão do continente. Na Copa do Brasil, vai encarar o Flamengo nas oitavas e é considerado extremamente azarão no confronto. O Brasileirão também não está animador, já que o clube ficou mais de 30 dias sem entrar em campo durante o Mundial de Clubes e, quando voltou a atuar no duelo contra o Bahia, jogou muito mal e foi derrotado.

O Atlético-MG enfrenta problemas no futebol masculino profissional e de base, no futebol feminino profissional, além de ter encerrado as atividades da base feminina. Não é um cenário exatamente animador para um grupo de donos que supostamente transformaria o Galo em "potência mundial", segundo aspa do próprio Rubens Menin.

A Arena MRV, que em sua concepção era vista como um grande marco, acabou trazendo mais dores de cabeça do que motivos para comemoração. Em julho de 2020, Menin disse que o estádio poderia ser inaugurado futuramente contra Barcelona, Real Madrid, Boca Juniors ou outras potências mundiais. O Galo fez sua estréia em uma rodada comum do Campeonato Brasileiro e o estádio apresentou inúmeros problemas desde então. Foi necessário fazer obras em diversos pontos da arena para melhorar a acústica, e o gramado foi substituído por grama sintética porque o natural não suportava as condições.

O Galo respira por aparelhos e não parece ter um rumo muito bem definido para reverter esta situação. O grupo de donos da SAF não quer abrir mão do projeto e se mostra muito contrário a ideia de adicionar um proprietário ao modelo de negócio. Assim, o futuro segue sombrio para o clube mineiro, dentro e fora de campo.

Esporte News Mundo
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