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Bahia identifica torcedor suspeito de injúria racial contra lateral Luiz Henrique

No empate entre Bahia e CSA, homem fez piada a respeito do cabelo do atleta; torcedor e clube podem sofrer punições

17 fev 2022 - 14h45
(atualizado em 21/2/2022 às 10h27)
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O sócio-torcedor, suspeito de proferir injúrias raciais contra o lateral-esquerdo Luiz Henrique, no empate em 1 a 1 do Bahia contra o CSA, foi identificado pelo clube. Tanto a equipe tricolor quanto o torcedor podem sofrer punições. Durante o aquecimento dos jogadores reservas do Bahia no duelo pela Copa do Nordeste, o homem fez piada do cabelo do jogador, enquanto outro torcedor gravava a situação. "Cabelo feio da desgraça", disse o torcedor, enquanto o outro completou com "não precisou nem eu falar, ele falou por mim".

Antes de identificar o suspeito, o Bahia emitiu uma nota em suas redes sociais, na qual repudiou o ato. "O Esporte Clube Bahia vem a público lamentar, repudiar e informar que investigará o caso de racismo ocorrido nesta noite contra o nosso atleta Luiz Henrique, baiano da Ilha de Itaparica. Através da imagem do episódio, buscaremos identificar o torcedor e tomar as medidas cabíveis".

A Arena Fonte Nova, que recebeu o confronto entre Bahia e CSA, também emitiu nota a respeito do ocorrido, mostrando-se "à disposição para contribuir e esclarecer a situação", em especial com as imagens das câmeras de segurança do estádio.

Nesse caso, o torcedor pode arcar com punições, tanto no Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) quanto pelo próprio Código de Ética do Bahia. Dentro do clube, as penas vão desde advertência até exclusão do quadro de associados. De acordo com informações do ge, deve haver um encontro entre o jogador e o torcedor no centro de treinamentos do clube.

No CBJD, tanto clube quanto torcedor podem ser enquadrados. A pena prevista, a quem "praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante", varia de R$ 100 a R$ 100 mil, além de possível perda de pontos e mandos dos jogos.

Os casos de racismo e injúrias raciais dispararam no futebol brasileiro no ano passado. Desde o começo de 2021, o "Observatório Racial do Futebol" monitorou 53 ocasiões, número recorde registrado pelo grupo até o momento.

Estadão
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