Atlético-PR não se preocupa com clássico “padrão Fifa”
Time rubro-negro enfrenta o maior rival, Coritiba, e acredita em "paz absoluta"
A partida entre Atlético-PR e Coritiba no domingo, às 16h, na Arena da Baixada, pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro, marca o primeiro Atletiba no reformado estádio. Algo que não preocupa a diretoria rubro-negra.
Diferente das autoridades, que sabem do alto risco do maior clássico do Estado e aumentaram o contingente para 1.000 policiais especificamente para o jogo, o presidente Mario Celso Petraglia está tranquilo. O dirigente acredita que a experiência na Copa do Mundo foi suficiente para os torcedores de adequarem à nova realidade do futebol brasileiro.
“Sempre fomos defensores de não ter obstáculos entre a torcida e os jogadores em campo. Éramos contra o fosso na antiga Arena. Acho que isso se consolidou após a Copa, mas é claro que temos que ter sintonia com a operação do estádio e as autoridades. Acredito que haverá paz absoluta”, afirmou o mandatário atleticano.
Na quinta-feira, representantes de torcidas, clubes e órgãos competentes definiram a estratégia para o duelo deste final de semana. Além de reforçar o número de policiais, dois helicópteros vão sobrevoar um grande perímetro do estádio para evitar confusões. A segurança particular dentro do estádio, a pedido do Ministério Público (MP), também deve ser aumentada.
A torcida do Coritiba ficará atrás de um dos gols do campo e a menos de sete metros dos atletas. Na 18ª colocação, com apenas três pontos, fica claro que um novo revés pode desencadear em uma irritação perigosa. Como exemplo, na final do Campeonato Cearense, entre Fortaleza e Ceará, torcedores entraram em confronto após a conquista do título da equipe tricolor.
A Polícia Militar (PM-PR), mesmo com ressalvas, também acredita que a experiência no Mundial do ano passado é suficiente para evitar invasões ao gramado. “Naquela ocasião, nós adquirimos knwo-how nesse tema e continuamos trabalhando para aperfeiçoar ainda mais e oferecer uma segurança eficiente para os nossos torcedores. Independente da posição das torcidas no estádio ou do número de ingressos disponibilizados, ações estas exclusivas dos clubes, a Polícia Militar fará o policiamento visando a segurança e a ordem do jogo”, garantiu Carlos Eduardo Rodrigues Assunção, tenente-coronel responsável pela operação do clássico.
Clubes pedem paz
Assim como aconteceu no Campeonato Paranaense, Atlético-PR e Coritiba promoveram uma coletiva conjunta. Desta vez, o local escolhido foi a Arena da Baixada, palco do Atletiba de domingo.
Presidentes, técnicos e jogadores dos dois clubes conversaram com a imprensa e o discurso, assim como a ideia inicial desta união feita nesta temporada, é de evitar a violência entre as torcidas. “Que o torcedor venha para apoiar e possa retornar para suas casas em paz. Que a alegria fique dentro do estádio e que nada de ruim venha a acontecer. E espero que a gente possa fazer um grande jogo, que eles vejam um grande espetáculo”, falou Weverton, capitão rubro-negro.
Luccas Claro, zagueiro e capitão alviverde, também foi na mesma linha do adversário. “Que, no apito final, a rivalidade acabe. Que todos os torcedores possam ir para casa bem. Esperamos que seja um clássico de paz, que esta mobilização aqui seja para mostrar isso e que todos aproveitem apenas do futebol”, pediu.