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Juarez Soares
Sexta-feira, 31 Agosto de 2001, 23h39
terraesportes@terra.com.br

Nada acertado


A reunião que aconteceu na Federação Paulista de Futebol entre dirigentes de Corinthians e Santos para a venda de Marcelinho, não foi tranqüila, como se anuncia. Muito pelo contrário. Além disso, nada ficou acertado, e Marcelinho não joga contra o Goiás.

Estiveram conversando na FPF o presidente Alberto Dualib e o vice de futebol do Corinthians, Roque Citadini. Pelo Santos, o presidente Marcelo Teixeira e Roberto Alves. Entre vozes alteradas e discussões ríspidas, misturou-se dinheiro, questões disciplinares, mágoas e ressentimentos. O raciocínio dos diretores santistas é o seguinte: baseados na liminar conseguida por Marcelinho, o Santos assinou com ele um contrato até dezembro. O Corinthians não aceita.

Quer o contrato até junho do ano que vem. O Santos bate o pé, quer até o fim deste ano. O salário mensal do jogador será de R$ 200 mil. O Corinthians imagina o seguinte panorama: o Santos paga o primeiro mês e atrasa os outros dois. Nesse caso, o time do Parque São Jorge terá que pagar o salário do jogador, senão o atleta fica com o passe livre. No outro item financeiro, o negócio é o seguinte: Deivid custou, em números aproximados aos cofres do Corinthians, R$ 6 milhões. O Santos quer a metade desse dinheiro. O Corinthians não concorda e afirma que o Santos deve R$ 1,2 milhão da transferência de Rincón. Além disso, quer outro tanto pelo empréstimo de Marcelinho.

Na soma, o negócio poderia terminar empatado, mas não houve acordo. Além disso, para firmar contrato com o Santos, a liminar obriga Marcelinho a deixar depositado em juízo um valor para garantia do Corinthians. Um apartamento, por exemplo. A próxima semana será decisiva. Se a FPF inscrever o jogador para o Santos, pouco importa. A CBF terá, também, que registrar o atleta. Aí o Corinthians entra na briga jurídica, impugnando a inscrição.

Uma coisa é certa: o presidente Dualib não quer mais Marcelinho no Corinthians. Ele fica do lado de Luxemburgo e dos demais jogadores. Só que, até o término da reunião na Federação, não tinha chegado à mesa de discussão a revista que saiu à noite, onde Marcelinho dá uma entrevista exclusiva e fala de mulheres na concentração. Ataca frontalmente o técnico Wanderley Luxemburgo, afirma que saiu no braço com o técnico do Corinthians e gabou-se de ter “enchido de porrada” Wanderley Luxemburgo.

A entrevista vai incendiar o Parque São Jorge. E pensar que quem levou as mulheres para o hotel na véspera da decisão contra o Grêmio foi um ex-jogador do Palmeiras. Quem diria.

 

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