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Parreira diz que briga entre Seleção e clubes é como "Israel x Palestina"

29 mai 2013 - 14h53
(atualizado às 16h17)
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<p>Parreira afirmou que clubes e seleções nunca se entenderiam se não fosse criado um regulamento pela Fifa para casos como esse</p>
Parreira afirmou que clubes e seleções nunca se entenderiam se não fosse criado um regulamento pela Fifa para casos como esse
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra

A entrevista concedida pelo coordenador técnico Carlos Alberto Parreira, nesta quarta-feira, foi praticamente dominada pelas perguntas em torno da não liberação do zagueiro Dante e do volante Luiz Gustavo para a final da Copa da Alemanha, em que o Bayern de Munique enfrenta o Stuttgart, no próximo sábado. Mostrando que não cederá na queda de braço, Parreira afirmou que a briga entre a CBF e o clube bávaro é só mais um capítulo no duelo entre seleções e clubes para liberação de jogadores. O coordenador chegou a comparar o caso com os conflitos entre Israel e Palestina por disputa territorial na região do Oriente Médio. 

"A CBF não pretende brigar ou digladiar com os clubes. É uma briga constante de clubes e seleções. É como a briga entre palestinos e judeus...A Seleção também tem responsabilidade. Temos uma Copa das Confederações, é importante ter uma equipe completa. Falam que teremos dois zagueiros aqui e que o Rever vai se apresentar na sexta (o que poderia viabilizar a liberação de Dante). Quero ressaltar algo que aconteceu comigo em um jogo dos 100 anos da Fifa, em Paris. Tinha dois titulares: um chegou lesionado, outro se contundiu no treino. Os reservas que tiveram que dar conta do recado". 

Segundo Parreira, a importância que os clubes dão aos atletas na hora de pedir a liberação não é igual quando eles negociam os jogadores para outras equipes. "O clube reclama quando não libera o jogador. Mas ele fica muito feliz quando repassa, nessa hora você não vê ninguém reclamando. Eles não reclamam quando compram por 3 milhões e vendem por 40 milhões. É um embate muito sério, recorrente. Como disse é igual os judeus e palestinos, não tem solução. Vai continuar assim: cada um defendendo o seu interesse".

CBF trava "braço de ferro" com Bayern por jogadores:

O treinador ressaltou que se não fosse a Fifa a estipular a liberação dos atletas em alguns amistosos e 14 dias antes de competições como a Copa das Confederações, a briga entre clubes e seleções nunca teria um fim. "A Fifa acabou resolvendo esse problema, esse diálogo entre clubes e seleção era praticamente impossível. Isso foi feito para evitar as brigas, o jogador é obrigado a se apresentar. Por isso ela limitou também os números de amistosos ao longo do ano", disse.

"Não espere boa vontade dos clubes que isso não vai ter praticamente nunca. Eles vão se apresentar pela força do regulamento. O Dante e o Luiz Gustavo não tem condições de jogo (na final da Copa da Alemanha). É muito claro o regulamento", completou o treinador.

Segundo Parreira, ajuda também o fato de os jogadores pressionarem os clubes para conseguirem a liberação. "O jogador pode e deve mostrar o interesse em querer vir e de certo modo até pressionar o clube. Alguns jogadores intercederam diretamente para que se apresentassem antes da data. Nós antecipamos em quatro dias. Todos fizeram um esforço muito grande para se apresentar quatro dias antes da data oficial imposta pela Fifa, houve um esforço dos jogadores para se apresentarem antes".

<p>Bayern de Munique quer Luiz Gustavo e Dante na final da Copa da Alemanha</p>
Bayern de Munique quer Luiz Gustavo e Dante na final da Copa da Alemanha
Foto: AP

O principal questionamento da alegação da CBF para não liberar Dante e Luiz Gustavo se dá pelo fato da entidade ter permitido que outros três atletas se ausentem do grupo por outros motivos. O atacante Neymar será liberado para viajar a Barcelona para se apresentar ao clube catalão na próxima segunda-feira. O lateral Filipe Luis viajará para Madri na mesma data para acompanhar o nascimento da filha. Já o goleiro Jefferson será liberado na manhã de sexta-feira para ver o nascimento da terceira filha no Rio de Janeiro, onde o grupo está concentrado. 

A diferença, nestes casos, é que os três atletas não chegarão a entrar em campo para defender suas equipes. Fora isso, Neymar e Filipe Luis viajarão em um dia de folga do grupo brasileiro e Jefferson se ausentará em um período na sexta-feira que não terá atividades da Seleção. 

Fonte: Terra
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