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Phoenix Mercury, da WNBA, assina maior contrato da história do esporte feminino

Acordo prevê US$ 66 milhões (R$ 331 milhões) nos próximos 15 anos para a equipe do Arizona

30 jun 2021 - 13h43
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O Phoenix Mercury, time da WNBA, a liga norte-americana profissional de basquete, assinou nesta quarta-feira um contrato sem precedentes no esporte feminino. Segundo informações do site norte-americano Deadspin, a franquia fechou negócio com a Bally's Corporation, empresa de jogos e entretenimento sediada em Providence, Rhode Island, garantindo cerca de US$ 66 milhões (R$ 331 milhões) nos próximos 15 anos.

O acordo torna a Bally's Corporation, que controla dez cassinos em 14 estados dos Estados Unidos, sem contar as licenças de apostas online, o parceiro oficial de jogos do Mercury. Além de ser o maior contrato na história dos esportes femininos, é o primeiro envolvendo o mercado de apostas e um time profissional de mulheres.

Soo Kim, presidente do conselho de diretores da Bally's, contou que, acima de tudo, esse foi um acordo de negócios. "Faz muito sentido para nós tentar conseguir acesso a apostas esportivas no Arizona", disse, "mas há também uma oportunidade de trazer paridade aos esportes femininos". A investidora também destacou o pioneirismo do acordo, além do fato de ser mais inclusivo e ter um bom impacto social.

Draymond Green, estrela do Golden State Warriors, da NBA, irritou muitas atletas e fãs do esporte há alguns meses ao sugerir em seu perfil nas redes sociais que as ligas profissionais femininas não fizeram o bastante para atrair 'dólares corporativos'. O ala-pivô ainda adicionou que elas não podem reclamar da diferença existente entre os salários dos esportes masculino e feminino até que consigam esse aporte de grandes empresas.

Representantes do Phoenix Mercury contaram que usarão a receita adicional para melhorar a experiência de jogadoras e fãs e desenvolver o seu programa de basquete juvenil, acrescentando que são esses tipos de acordos que estreitam o vão dos salários com o passar do tempo.

Jason Rowley, CEO e presidente dos dois times de basquete da cidade, o Mercury e o Suns, afirmou que "quanto mais receita um time gera, no final, isso vai beneficiar as jogadoras também". "Obviamente, quanto melhor os times e a liga forem, melhor para as atletas", concluiu.

A comissária da WNBA, Cathy Engelbert, declarou ao Deadspin que parceiros e apoiadores da WNBA e seus times "apareceram para jogo de uma forma sem precedência nesse ano, e Bally's é um desses parceiros que reconhece o valor da WNBA e de apoiar esportes femininos."

Para essa temporada, a liga de basquete feminina norte-americana anunciou parceiros de peso, como Google e Amazon Prime Video. Conhecida por ser pioneira na luta por justiça social, a associação completa 25 anos em 2021 e preparou uma série de eventos para comemorar as conquistas desde sua fundação.

Estadão
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