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Rapinoe detona Draymond Green: "Decepcionante"

Para a estrela do futebol feminino dos Estados Unidos, Green perde uma grande chance de utilizar a plataforma em favor das minorias

9 abr 2021 - 07h02
(atualizado às 08h49)
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Megan Rapinoe, estrela do futebol feminino dos Estados Unidos, não gostou nada dos comentários do ala-pivô Draymond Green, do Golden State Warriors e classificou como decepcionante a atitude do jogador da NBA.

New York Knicks v Golden State Warriors
New York Knicks v Golden State Warriors
Foto: Noah Graham/AFP / Jumper Brasil

"Vindo de alguém que sabe o que é ser oprimido, em vários sentidos, jogar tudo contra as jogadores femininas ou jogadoras que atuam em esportes femininos é realmente decepcionante", afirmou Rapinoe. "Ele possui todos os recursos do mundo. É óbvio que existem pessoas incríveis na direção do Warriors, que vão ficar felizes em se sentar com ele. E qualquer uma de nós gostaria de se sentar com ele para conversar. Esperamos que o processo de educação aconteça. Porque é realmente desapontador. E vindo de alguém que tem uma grande plataforma, como sabemos, isso simplesmente não é aceitável".

Recentemente, Green afirmou, em sua conta no Twitter, que mulheres deveriam parar de reclamar sobre igualdade salarial.

"Eu tenho visto muitas reclamações recentes de mulheres falando sobre a diferença entre o que recebemos e elas recebem", disse Green. "E sei o que eu faço para ser bom. Elas gastam o mesmo tempo fazendo o mesmo, então eu entendo o que elas estão dizendo. Mas eu estou realmente cansado dessas reclamações por diferenças salariais porque o que elas estão fazendo a elas mesmas é um desserviço por apenas reclamarem".

Para ter uma noção da disparidade, o salário mínimo da WNBA é de US$57 mil anuais. As principais jogadoras, como Sue Bird, Diana Taurasi e Elena Delle Donne recebem US$221.450 por temporada. Na NBA, um atleta sem qualquer experiência na liga, ganha, pelo menos US$898.310. Na atual campanha, Stephen Curry recebe US$43 milhões. Outros 22 possuem salário acima de US$30 milhões por ano.

"E nós sabemos que isso tem a ver com os movimentos sociais e que as pessoas que estão sendo marginalizadas por raça ou gênero, religião, sexualidade ou seja lá o que for: não é o trabalho delas combater a opressão. Nós precisamos que todas as pessoas façam o mesmo", concluiu Rapinoe.

Jumper Brasil
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